Reforma da saúde
5 de outubro de 2006Após vários meses de debates, o governo alemão chegou a um consenso sobre a reforma do sistema de saúde, que deverá entrar em vigor meio ano mais tarde que o previsto, isto é, apenas em 1º de janeiro de 2009. Neste mesmo ano, também entrará em vigor uma nova forma de cálculo dos honorários médicos.
O acordo entre os partidos da coalizão governamental para o financiamento do sistema de saúde, reforma-chave do governo da chanceler federal Angela Merkel, foi alcançado numa reunião de sete horas de duração e divulgado na madrugada desta quinta-feira (05/10). Participaram os líderes do Partido Social Democrata (SPD), da União Democrata Cristã (CDU) e da União Social Cristã (CSU).
Entre as principais alterações previstas com a reforma está a constituição de um fundo, para onde serão canalizadas todas as contribuições pagas por assegurados e empregadores no país. Deste caixa sairá o pagamento dos benefícios concedidos pelos diferentes programas e planos de saúde.
Para o caso de não conseguirem cobrir seus custos, os programas ou planos de saúde podem aumentar – em até 1% de seu orçamento – o valor das taxas mensais que cobram dos assegurados. Uma elevação da taxa mensal em até oito euros pode ocorrer sem levar em consideração a renda familiar.
A meta da reforma é reestruturar e simplificar o complexo sistema atual, formado por mais de 250 seguradoras públicas e planos privados. A estrutura pública é financiada por contribuições de trabalhadores – cerca de 14% dos salários – e de empregadores. Mas os recursos não têm sido suficientes. No ano de 2007, haverá um déficit de 7 bilhões de euros no sistema.
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