COI recomenda exclusão da luta olímpica dos Jogos de 2020
12 de fevereiro de 2013O Comitê Olímpico Internacional (COI) surpreendeu nesta terça-feira (12/02) ao recomendar a exclusão da luta olímpica, presente desde os Jogos de 1896, da lista dos esportes que serão disputados em 2020. Com isso, a última aparição da modalidade no programa olímpico deverá ser no Rio de Janeiro, em 2016.
De quatro em quatro anos, após cada edição dos Jogos, o comitê executivo do COI reavalia o programa. Até aqui, especulava-se que o pentátlo moderno e o taekwondo estavam em risco, mas não a luta olímpica, que distribuiu medalhas em 18 categorias (11 na forma livre e sete na grego-romana) nos Jogos de Londres.
A decisão final será tomada em setembro, em Buenos Aires, mas é tida como mera formalidade. Na reunião, a luta poderá tentar voltar ao programa olímpico, como modalidade extra, mas terá que disputar a vaga com outros sete esportes. Um retorno é tido como improvável.
"A luta olímpica se juntará aos sete outros esportes já listados - beisebol/softbol, caratê, escalada esportiva, squash, roller derby, wushu e wakeboarding - em busca de inclusão no programa olímpico de 2020 como esporte adicional", disse em comunicado o COI.
Nos últimos anos, o COI tem tentado flexibilizar o programa olímpico na tentativa de atrair a atenção de um público mais jovem. Ao rever a lista de esportes, costuma levar em consideração fatores que vão desde audiência televisiva à aplicação de medidas antidoping.
Beisebol e softbol, por exemplo, foram retirados após os Jogos de Atenas, em 2004, e rúgbi de sete e golfe passarão a ser disputados a partir das Olimpíadas do Rio de Janeiro.
A luta olímpica era o terceiro esporte que mais distribuía medalhas (72), atrás do atletismo (141) e da natação (102). Em Londres, a Rússia foi o país que mais ganhou na modalidade, com quatro medalhas de outro, duas de prata e cinco de bronze. O Brasil tem pouca tradição na modalidade. Em 2012, enviou apenas uma lutadora, Joice Silva, eliminada no primeiro combate.
RPR/ rtr/dpa
Revisão: Francis França