COI retira suspensão da Rússia por doping
1 de março de 2018O Comitê Olímpico Internacional (COI) retirou nesta quarta-feira (28/02) a suspensão do Comitê Olímpico da Rússia (COR), determinada por conta do escândalo de doping envolvendo o país.
A decisão ocorre três dias após o encerramento dos Jogos Olímpicos de Inverno em Pyeongchang, na Coreia do Sul, competição da qual a Rússia foi banida. Mais de 160 atletas do país foram autorizados a disputar as provas, mas de forma neutra, sem bandeira ou hino nacionais.
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Apesar de os exames antidoping de dois atletas russos terem dado positivo durante os Jogos, os testes realizados posteriormente nos demais competidores deram negativo e, por isso, o COI decidiu retirar a suspensão.
"Recebemos a notificação final de todos os resultados de exames restantes da delegação dos Atletas Olímpicos da Rússia [OAR, na sigla em inglês, sob a qual os atletas russos competiram em Pyeongchang]", afirmou o IOC em comunicado. "Todos deram negativo. Portanto, a suspensão do Comitê Olímpico da Rússia está sendo encerrada com efeito imediato."
A decisão foi anunciada também pelo presidente do COR, Alexander Zhukov, na televisão estatal. "O Comitê Olímpico da Rússia teve seus direitos totalmente restaurados. É uma decisão muito importante para nós", declarou ele.
A reintegração da Rússia no Comitê Olímpico Internacional significa que agora os atletas do país podem competir sob a bandeira russa e usar o uniforme da equipe nacional. O hino nacional do país também poderá ser tocado nas cerimônias de entrega de medalhas. Além disso, autoridades russas podem voltar a participar das reuniões do COI.
A suspensão do Comitê Olímpico da Rússia dos Jogos de Inverno de 2018 foi anunciada pelo COI em dezembro. A Comissão Executiva do comitê internacional tomou a decisão após ter acesso aos resultados do chamado relatório Schmid, que investiga o doping de Estado na Rússia.
Em 2016, a Agência Mundial Antidoping (Wada) revelou que mais de mil atletas russos de aproximadamente 30 modalidades esportivas participaram de um plano traçado por funcionários do Ministério dos Esportes da Rússia para usar substâncias proibidas em grandes eventos esportivos, entre eles os Jogos de Sochi, em 2014, e os Jogos Olímpicos de Londres, em 2012.
A Rússia repetidamente se negou a reconhecer que um programa de doping estatal existiu. Moscou chegou a acusar Grigory Rodchenkov, ex-diretor dos laboratórios de testes de Moscou e Sochi, de desonestidade, e exigiu sua extradição dos EUA, onde ele vive como testemunha protegida.
EK/ap/afp/efe/rtr
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