Colégio Eleitoral dos EUA confirma vitória de Joe Biden
15 de dezembro de 2020O Colégio Eleitoral dos Estados Unidos confirmou nesta segunda-feira (14/12), como era previsto, a vitória do democrata Joe Biden na eleição presidencial frente ao atual presidente, o republicano Donald Trump.
Com a votação dos 55 delegados da Califórnia, onde Biden venceu com cerca de 63% de votos, o democrata superou amplamente a maioria de 270 votos necessária para chegar à Casa Branca, horas depois do início das votações do Colégio Eleitoral em cada estado.
Com isso, o democrata se aproximou de confirmar os 306 delegados do Colégio Eleitoral, contra 232 de Trump. Considerando o voto popular, Biden teve 81,3 milhões de votos (51,3%) contra 74,2 milhões (46,8%) de Trump.
A cerimônia de posse de Biden como 46º presidente dos Estados Unidos está agendada para o dia 20 de janeiro.
No sistema eleitoral dos Estados Unidos, os delegados do Colégio Eleitoral confirmam, em suas reuniões em cada estado, o que foi votado nas urnas pelos milhões de americanos nas eleições, realizadas há um mês e meio.
A grande mídia já previa em 7 de novembro que Biden alcançaria 306 votos eleitorais e arrancaria a presidência de Trump, mas o atual presidente desde então se recusou a admitir a derrota, alegando, sem apresentar provas, ter ocorrido fraude eleitoral maciça, o que foi repetidamente refutado pelas autoridades eleitorais.
Essa campanha inédita realizada por Trump deu especial significado à votação no Colégio Eleitoral, que normalmente costuma ser um mero passo burocrático para ratificar um resultado já amplamente conhecido e aceito.
Trump anuncia saída de Barr
Trump não reagiu de imediato às notícias do Colégio Eleitoral, mas em uma aparente tentativa de tirar o foco, foi ao Twitter logo depois para anunciar que o procurador-geral do país, William Barr, deixará o cargo nos próximos dias.
"Bill vai sair [do cargo de procurador-geral dos EUA] pouco antes do Natal para passar os feriados com a família", escreveu o presidente, acrescentando que Barr vai ser substituído por Jeff Rosen, "uma pessoa excepcional" que era até agora procurador-geral adjunto.
Trump vinha expressando repetidamente sua insatisfação com Barr nas últimas semanas, devido às questões legais relacionadas com a eleição presidencial.
O presidente americano se irritou por Barr ter declarado não haver encontrado evidências de fraudes eleitorais generalizadas e também com o fato de o procurador-geral não tê-lo informado durante a campanha eleitoral que o Departamento de Justiça abriu uma investigação contra Hunter Biden, um dos filhos do presidente eleito.
MD/efe/ap