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Com diploma no bolso e sem emprego na mão

cb12 de setembro de 2004

Depois de concluírem o curso universitário e tentar ingressar na carreira profissional, muitos acadêmicos alemães não conseguem entrar no mercado de trabalho.

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Sala de aula na Universidade de FrankfurtFoto: dpa

Não há dados concretos sobre o número de alunos que terminaram o curso universitário e que não têm trabalho, nem há quanto tempo eles já estão à procura. A Agência Federal do Trabalho em Nurembergue apura apenas a taxa de desemprego entre os acadêmicos, a qual está aumentando. Em um ano, o número de acadêmicos desempregados entre 25 e 29 anos aumentou em cinco mil. Porém, existem ainda muitas pessoas que não se deixam registrar porque, como nunca trabalharam, não obtêm o direito ao auxílio-desemprego.

As agências de trabalho têm cada vez menos ofertas de emprego. Isto porque as empresas dispõem de menos postos de trabalho. Embora hoje a taxa de desemprego entre os acadêmicos, comparada com a do resto da população, é mais baixa, os recém-formados já viveram tempos melhores. Sem dúvida houve um aumento visível em relação ao tempo de busca de trabalho, disse Werner Brendli, da Agência do Trabalho da cidade de Munique.

Aumentou tanto que, nestes tempos, mesmo os empresários aceitam uma brecha de seis meses no currículo, causada pela busca de trabalho. Este é o resultado de uma pesquisa da consultoría Kienbaum. "Mais importante seria a motivação, bem como o planejamento conseqüente da própria carreira", concluiu um porta voz da consultoria.

Vítimas do mercado de trabalho?

Mas como se poderia justificar uma pausa, que hoje em dia pode demorar muito mais que seis meses? Heiko Lüdemann da CoachAcademy, uma consultoria de carreira para acadêmicos da cidade de Stuttgart, conhece as dificuldades dos recém-formados. Os problemas começam quando o candidato tem a impressão de ser vítima do mercado de trabalho, disse Lüdemann. Os recém-formados teriam que saber exatamente qual é a profissão eles gostariam de seguir e desenvolver uma estratégia para planejar a carreira. "Sozinho isto é muito dificil", acrescentou. A CoachAcademy ajuda os acadêmicos neste processo. Este serviço, patrocinado por empresas e associações de empregadores é muitas vezes gratuito.

Além disso, existe a possibilidade de entrar em contato com uma das equipes especializadas das agências de trabalho, criadas para dar conselhos e informações aos acadêmicos. Só a equipe da Agência de Trabalho de Munique, é consultada por cerca de 40 pessoas por semana.

O desemprego nem sempre é culpa da própria pessoa. Algumas simplesmente têm azar. Atualmente em algumas áreas a situação para recém-formados é pouco favorável, mesmo se estes forem bem preparados, disse Werner Brendli. Não é possível influenciar as condições básicas da economia, continuou.

Solução provisória

Conseguir um trabalho fixo através de um estágio significa uma nova chance para muitos candidatos recusados. Para os empresários, os estágios são uma fonte importante para o recrutamento de pessoal, diz a pesquisa da consultoria Kienbaum. Para quem quiser um trabalho fixo, em algumas empresas o estágio já é obrigatório, disse Brendli. "O problema é que, quando o trabalho fixo não está sendo oferecido, os estagiários facilmente têm a impressão de fazer o mesmo trabalho dos fixos, mas por menos dinheiro".

Algumas empresas usam os estagiários como mão-de-obra barata, porém isto não é a regra, afirmou Brendli. Ser estagiário é sobretudo uma questão financeira. As empresas pagam, segundo a pesquisa da Kienbaum, em média entre 400 e 600 euros por mês. Com um salário desses, é muito dificil manter o sustento próprio na Alemanha.