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Condenação de blogueiro saudita a chibatadas completa um ano

7 de maio de 2015

Caso do ativista Raif Badawi, que luta pela liberdade de expressão em seu país, gerou onda de críticas. Anistia Internacional pede que governo suspenda sentença de mil chibatadas e dez anos de prisão.

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Foto: picture-alliance/empics

A condenação do blogueiro saudita Raif Badawi a dez anos de prisão e mil chibatadas completa um ano nesta quinta-feira (07/05). O caso ganhou atenção internacional e provocou duras críticas por parte da ONU, dos EUA e da União Europeia (UE).

Após receber as primeiras chibatadas em janeiro deste ano, a punição física ao ativista, de 31 anos, deveria continuar semanalmente, mas foi suspensa por motivos de saúde.

O blogueiro luta há anos pela liberdade de expressão no próprio país. Em seu site, Liberais sauditas livres, ele aponta abusos políticos e sociais na Arábia Saudita. Ele foi preso pela primeira vez há sete anos sob o pretexto de iniciar uma "página eletrônica" que insulta o islã.

Nesta quinta-feira, a Anistia Internacional pediu ao governo da Arábia Saudita que anule a sentença de Badawi. A organização criticou o rei Salman por ele não ter feito progresso no sentido de melhoras os direitos humanos no país.

Em fevereiro deste ano, a Deutsche Welle concedeu ao blogueiro saudita o prêmio DW Freedom of Speech (DW Liberdade de Expressão) e anunciou que sua esposa, Ensaf Haidar, receberia a homenagem por ele.

"Raif nunca foi um criminoso, um bandido ou traficante de drogas, mas as autoridades sauditas o trataram como um criminoso que merece ser punido, açoitado e aprisionado", escreveu Haidar numa carta ao jornal britânico The Independent. "Ele queria que nós, num país de uma só opinião, um só pensamento e uma só religião, respeitássemos a diferença."

A Arábia Saudita afirmou anteriormente que não aceitaria interferências externas em assuntos internos e que o clamor da mídia diante da punição de Badawi fere a independência do sistema judicial do país.

LPF/dpa/afp/epd/dw