Contra a Suíça, Argentina tem desafio de vencer e convencer
1 de julho de 2014A Argentina entra em campo nesta terça-feira (01/07), em São Paulo, com o desafio de não só vencer a Suíça e avançar às quartas de final, mas também convencer numa Copa em que, apesar dos 100% de aproveitamento, ainda é vista com receio.
O motivo da desconfiança é o mesmo das vitórias: Lionel Messi. Autor de quatro dos seis gols argentinos na Copa, ele foi o principal responsável pelos triunfos contra a Bósnia (2 a 1), o Irã (1 a 0) e a Nigéria (3 a 2).
Para os críticos, a Argentina pode enfrentar dificuldades devido à dependência de seu camisa dez. Os jogadores, porém, preferem simplesmente agradecer por tê-lo a seu lado em campo.
"Messi está numa fase ótima. E isso é muito bom, porque contagia a todos nós. Ninguém faz o que ele faz, e, por sorte, ele está do nosso lado. Ele vai ser o artilheiro da Copa", afirmou o meia Angel Di María, em entrevista ao jornal espanhol Marca.
Di María está confirmado ao lado de Messi na frente, mas desta vez junto também a Ezequiel Lavezzi, que substituirá Sergio Agüero, fora do jogo por uma lesão muscular. O centroavante Gonzalo Higuaín fecha o quarteto ofensivo argentino.
O jogo no Itaquerão é passo fundamental para os argentinos superarem, enfim, as quartas de final, algo que não acontece desde 1990, quando foram derrotados na decisão para a Alemanha.
Já a Suíça terá que mostrar que, apesar de cabeça de chave, não foi a passeio ao Brasil. O jejum suíço ainda é maior que o dos argentinos: a última vez do país europeu entre as oito melhores da Copa do Mundo foi em 1954, quando sediou o torneio.
"Precisamos estar num dia perfeito para vencer a Argentina, mas conheço meus companheiros e sei que somos capazes", disse o volante Gökhan Inler.
O técnico da Suíça, o alemão Ottmar Hitzfeld, não deve fazer mudanças em relação à equipe que venceu Honduras por 3 a 0 e garantiu a classificação às oitavas. Com isso, o bom trio ofensivo Xherdhan Shaqiri, Admir Mehmedi e Josip Drmic deve ser mantido.
Prováveis escalações
Argentina: Sergio Romero; Pablo Zabaleta, Ezequiel Garay, Federico Fernández, Marcos Rojo; Javier Mascherano, Fernando Gago, Ángel Di María, Ezequiel Lavezzi; Lionel Messi e Gonzalo Higuaín. Técnico: Alejandro Sabella.
Suíça: Diego Benaglio; Stephan Lichtsteiner, Johan Djourou, Fabian Schãr, Ricardo Rodríguez; Valon Behrami, Gökhan Inler, Granit Xhaka, Xherdan Shaqiri, Admir Mehmedi; Josip Drmic. Técnico: Ottmar Hitzfeld.
Local
Arena São Paulo, São Paulo.
Arbitragem
Jonas Eriksson (Suécia), auxiliado por seus compatriotas Mathias Klasenius e Daniel Warnmark.
Destaques
Argentina
Lionel Messi: Até agora, a Argentina marcou seis gols no Mundial – Messi balançou as redes quatro vezes. Falar sobre a sua importância para a seleção argentina é redundante. Com a camisa da Albiceleste, Messi já marcou 42 gols e é o segundo maior artilheiro do país (Gabriel Batistuta tem 56). Contra a Suíça, o craque pode chegar ao 400º gol de sua carreira – faltam dois.
Suíça
Xherdan Shaqiri: Autor de um hat-trick na vitória por 3 a 0 contra Honduras, Shaqiri finalmente fez uma partida de acordo com suas qualidades técnicas. O meia-atacante, que surgiu para o futebol atuando pelo FC Basel, tem a velocidade e o drible curto, semelhante ao futebol de Franck Ribèry, como grande virtude. Atualmente, ele joga pelo Bayern de Munique. Com a seleção suíça, Shaqiri foi vice-campeão europeu Sub-21 em 2011.
Retrospecto
Argentina e Suíça enfrentaram-se seis vezes, com quatro vitórias argentinas e dois empates. No quesito gols, os sul-americanos goleiam por 14 a 3. No único confronto em Copas, na fase de grupos em 1966, a Argentina venceu por 2 a 0, com gols de Luís Artime e Ermindo Onega.
Último confronto
Foi em fevereiro de 2012, num amistoso em Berna. A Argentina venceu por 3 a 1, com gols dos dois craques de ambas as seleções: Xherdan Shaqiri deixou o dele para a Suíça e Lionel Messi marcou todos os três argentinos.