Coreia do Norte estaria preparando teste com míssil
28 de janeiro de 2016A Coreia do Norte estaria preparando, ainda para esta semana, um lançamento de um míssil balístico de longo alcance, num exercício militar que pode agravar a tensão com a vizinha Coreia do Sul e com o Ocidente.
A descoberta veio após um mês de tensões que envolveram os Estados Unidos e a China, na sequência de um teste nuclear realizado por Pyongyang, que alarmou a comunidade internacional. Segundo os norte-coreanos, o lançamento teria sido um teste com uma bomba de hidrogênio .
Segundo publica nesta quinta-fera (28/01) a agência japonesa de notícias Kyodo, que cita fontes anônimas do governo, imagens de satélite coletadas pelo Japão exibiram movimentação intensa de pessoas e veículos no centro de lançamento de mísseis Dongchang-ri. Tóquio começou a monitorar as atividades da Coreia do Norte em 2003.
Outra indicação de que o teste poderá ser de fato realizado seria que, durante a semana, o local foi aparentemente encoberto, da mesma forma que ocorreu em 2012, numa tentativa de ocultar as preparações para o lançamento do primeiro satélite do país.
Na época, a comunidade internacional condenou Pyongyang, afirmando que se tratava de um disfarce para o lançamento de um míssil balístico, apesar de os norte-coreanos insistirem se tratar de uma missão de caráter científico.
Apesar das proibições impostas à Coreia do Norte de utilizar tecnologia de mísseis balísticos, através de uma série de resoluções do Conselho de Segurança da ONU, diversos testes de lançamentos de curto alcance foram realizados por Pyongyang sem que houvesse consequências ao regime norte-coreano.
O Ministério da Defesa da Coreia do Sul se recusou a confirmar ou negar a possibilidade da realização de novos testes pelo país vizinho. Entretanto, o porta-voz do órgão disse que Seul tem monitorado possíveis sinais de testes de mísseis de longo alcance.
Ele lembrou que Pyongyang costumava notificar com antecedência a China e os Estados Unidos, antes de realizar testes nucleares, o que não ocorreu da última vez. "Acreditamos que a Coreia do Norte possa realizar provocações graves sem aviso prévio a partir de agora."
RC/afp/rtr