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Coreia do Norte nega autoria de ataque cibernético à Sony Pictures

7 de dezembro de 2014

Pyongyang diz acreditar que ação tenha sido realizada por simpatizantes do regime, em resposta a filme sobre jornalistas contratados pela CIA para matar Kim Jong-un. Dados pessoais de celebridades teriam sido roubados.

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Kim Jong Un mit Stock 14.10.2014
Foto: Reuters/KCNA

A Coreia do Norte negou neste domingo (07/12) envolvimento no ataque cibernético aos estúdios da Sony Pictures Entertainment, nos Estados Unidos, mas elogiou o ato que teria sido orquestrado por apoiadores do regime em Pyongyang em resposta à produção de um filme sobre um plano da CIA para matar o líder norte-coreano, Kim Jong-un.

"O ataque cibernético à Sony Pictures pode ser um ato de justiça realizado por apoiadores e simpatizantes da Coreia do Norte em resposta a seu apelo", declarou a Comissão de Defesa Nacional, citada pela agência estatal de notícias norte-coreana KCNA.

No texto publicado pela agência, o governo ainda alerta os EUA sobre um "grande número de simpatizantes da Coreia do Norte em todo o mundo".

O filme The interview (A entrevista), que traz os atores Seth Rogen e James Franco nos papéis de dois jornalistas recrutados pela agência americana de inteligência para assassinar Kim, enfureceu Pyongyang, que já tinha advertido para uma "retaliação impiedosa" contra o que classificou de "ato irresponsável de terror". O lançamento do longa-metragem nos cinemas americanos está previsto para 25 de dezembro.

As suspeitas recaíram sobre a Coreia do Norte depois que especialistas identificaram textos em língua coreana no programa usado para realizar o ataque, segundo noticiaram agências de notícias.

Eles ainda declararam haver semelhanças entre o código usado neste ataque à Sony Pictures a outros realizados contra bancos, empresas de mídia e órgãos estatais da Coreia do Sul no ano passado. Na época, os cyberataques foram atribuídos à vizinha Coreia do Norte.

O caso está sendo investigado pela polícia federal dos Estados Unidos, o FBI. Estima-se que a ação na Sony Pictures em Hollywood no final do mês passado, que tirou do ar a rede dos estúdios de cinema por mais de uma semana, tenha possibilitado o acesso a dados pessoais de cerca de 47 mil pessoas, incluídas celebridades.

O ataque também tornou disponíveis ainda filmes não lançados em sites ilegais de compartilhamento de conteúdo.

MSB/rtr/lusa