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Coreia do Sul planeja mais alto-falantes na fronteira

6 de julho de 2016

Mais dez torres de transmissão de propaganda contrária ao regime da Coreia do Norte serão instaladas. Objetivo de Seul é "erodir moral de soldados de Pyongyang e informar civis".

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Soldado sul-coreano e alto-falantes
Foto: picture-alliance/dpa/Jin-Hee Park

A Coreia do Sul quer dobrar a quantidade de seus alto-falantes que transmitem mensagens anti-Coreia do Norte na fronteira entre os dois países, relataram agências de notícias nesta quarta-feira (06/07).

"Planejamos instalar dez novas torres de transmissão por alto-falantes até o final do ano", disse à agência Efe um porta-voz do Ministério da Defesa de Seul. Estas se somariam às 11 torres já existentes na fronteira.

O reforço da guerra psicológica da Coreia do Sul é uma resposta aos últimos lançamentos de mísseis por Pyongyang, especialmente o realizado há duas semanas com o potente projétil de médio alcance Musudan, disse o porta-voz. Teoricamente, o míssil poderia alcançar bases militares dos EUA no Pacífico.

Os alto-falantes emitem desde mensagens contra o regime de Kim Jong-un até música pop sul-coreana e podem ser ouvidos a até dez quilômetros da fronteira. Segundo a agência de notícias Yonhap, alguns dos equipamentos seriam substituídos por outros capazes de transmitir a uma distância ainda maior.

"Vamos fazer mais esforços para erodir a moral dos soldados norte-coreanos ao longo da fronteira e fornecer informação aos civis", disse um militar, em anonimato, à Yonhap.

O anúncio da Coreia do Sul foi feito apenas algumas horas depois de Pyongyang ameaçar impor um "castigo merecido" a Seul e Washington devido às "provocações" na zona de fronteira. A Coreia do Norte condenou as emissões com os alto-falantes do Sul "de até 16 horas por dia" e o lançamento de panfletos políticos "para caluniar maliciosamente a dignidade da direção suprema da República Popular Democrática da Coreia e de seu sistema social".

As transmissões propagandísticas mirando soldados norte-coreanos foram interrompidas e retomadas repetidas vezes, refletindo a volátil relação entre as duas Coreias. Em agosto passado, Seul reativou as transmissões pela primeira vez em 11 anos, depois que dois de seus agentes de fronteiras foram atingidos por minas supostamente colocadas por soldados do Norte.

LPF/efe/afp/dpa