Cronologia da coalizão social-democrata-verde
20 de novembro de 200527 de setembro de 1998: O SPD e os Verdes obtêm 47,6% dos votos nas eleições parlamentares. Um mês depois, Schröder é empossado como chefe do primeiro governo social-democrata-verde da Alemanha, pondo fim a 16 anos de governo de Helmuth Kohl (CDU).
11 de março de 1999: Oskar Lafontaine, rival de Schröder no SPD, renúncia aos cargos de ministro das Finanças e presidente do partido, gerando a primeira crise de governo. No mesmo ano, é criado o chamado "imposto ecológico".
6 de julho de 2000: O Bundestag (câmara baixa do Parlamento) aprova uma ampla reforma fiscal, após Schröder derrotar a oposição com o mesmo projeto no Bundesrat (câmara alta do Parlamento). Na mesma época, é aprovada a desativação progressiva das usinas nucleares e, no decorrer do ano, a lei que permite o casamento de homossexuais.
11 de setembro de 2001: Imediatamente após os atentados terroristas nos Estados Unidos, Schröder oferece a "solidariedade incondicional" da Alemanha aos EUA. Na campanha eleitoral de 2002, porém, ele rejeita uma participação alemã na guerra do Iraque.
11 de novembro de 2001: O debate sobre a participação das Forças Armadas Alemãs na guerra antiterror coloca a coalizão em xeque. Schröder vincula a decisão ao voto de confiança e vence a votação no Parlamento.
22 de outubro de 2002: O SPD ganha as eleições parlamentares por margem apertada. Pesquisas de opinião haviam apontado uma vitória da oposição. Schröder virara o jogo, aproveitando as enchentes no Leste alemão para fazer campanha eleitoral. O SPD e os Verdes passam a governar com uma vantagem mínima de 306 das 603 cadeiras no Parlamento.
14 março de 2003: Schröder lança no Parlamento seu polêmico pacote de reformas chamado Agenda 2010. Criticado pelo próprio partido, ele ameaça renunciar. O pacote acabou sofrendo modificações profundas, em negociações com a oposição, antes de ser aprovado.
6 de fevereiro de 2004: Schröder renuncia à presidência do SPD, que ocupou por quase cinco anos, sob o pretexto de que não tinha o apoio total do partido às suas propostas de reforma. O líder da bancada no Bundestag, Franz Münterfering, torna-se seu sucessor.
1º de janeiro de 2005: Entra em vigor a nova lei de imigração, um projeto central do governo social-democrata-verde, aprovado em consenso com a oposição, após anos de debates.
22 de maio de 2005: Após as derrotas do SPD nas eleições estaduais de Schleswig-Holstein e Renânia do Norte-Vestfália, Schröder anuncia a intenção de convocar, o quanto antes, novas eleições parlamentares federais.
1º de julho de 2005: Schröder perde, conforme desejara, a moção de confiança no Parlamento, recebendo apenas 151 dos 301 votos necessários. Ele solicita ao presidente alemão Horst Köhler a dissolução do Parlamento e a convocação de novas eleições.
18 de setembro de 2005: Tendo Schröder como principal candidato, o SPD perde a eleição, obtendo 34,5% dos votos contra 35,2% da aliança CDU/CSU.
1º novembro de 2005: Em meio às negociações para formar uma grande coalizão, acontece uma nova reviravolta no comando do SPD. Franz Münterfering renuncia à presidência da sigla, após desavenças com o diretório. O governador de Brandemburgo, Mathias Platzeck, indicado para sucedê-lo, é confirmado no cargo duas semanas depois.
18 de setembro de 2005: Depois de dois meses de negociação, SPD, CDU e CSU assinam um acordo de coalizão para governar a Alemanha até 2009. Angela Merkel é designada para suceder Schröder na chefia do governo, a partir de 22 de novembro de 2005.