Cúpula da UE debate crise da Grécia e conflito na Ucrânia
12 de fevereiro de 2015A chanceler federal da Alemanha, Angela Merkel, afirmou que a Europa deseja chegar a um acordo sobre a crise grega e reforçou que "a Alemanha está disposta a isso". A declaração foi dada nesta quinta-feira (12/02), antes do início da cúpula de líderes da União Europeia (UE), em Bruxelas.
Ao chegar para o encontro, Merkel cumprimentou sorrindo o primeiro-ministro da Grécia, Alexis Tsipras, e trocou algumas palavras com ele. O político grego chegou à reunião disposto a pôr um fim na política de austeridade que domina a Grécia e disse estar confiante de que é possível encontrar uma solução boa para todos.
Inicialmente, o conflito na Ucrânia era o ponto principal da pauta da cúpula, mas, com o fracasso das negociações entre os ministros das Finanças do Eurogrupo na quarta-feira, as atenções serão divididas com a Grécia. O presidente da Comissão Europeia, Jean-Claude Juncker, afirmou estar muito preocupado com a situação.
A reunião de chefes de Estado e de governo da UE começou pouco depois das 16h (horário local), com três horas de atraso em relação ao horário inicialmente previsto, devido ao prolongamento das negociações sobre a Ucrânia em Minsk, das quais participaram Merkel e o presidente francês, François Hollande. Outro dos participantes, o presidente da Ucrânia, Petro Poroshenko, está também em Bruxelas, para participar dos debates sobre o futuro do seu país.
Negociações com a troica
Tsipras e o presidente do Eurogrupo, Jeroen Dijsselbloem, concordaram nesta quinta-feira, durante uma reunião preliminar, em retomar o debate para alcançar um acordo sobre o período posterior ao atual programa de resgate para a Grécia, que se encerra no final deste mês.
Dijsselbloem e o chefe de governo grego autorizaram as instituições que integram a troica – Comissão Europeia, Banco Central Europeu e Fundo Monetário Internacional – a iniciar negociações com as autoridades de Atenas para preparar as bases para a reunião da semana que vem. O objetivo é encontrar uma base comum entre o atual programa de regaste e os planos de Atenas para se financiar a curto prazo e se libertar das austeridades impostas pelos credores.
O pacote de regaste financeiro à Grécia vence no final de fevereiro e, sem outros empréstimos, o país altamente endividado pode quebrar. Atenas, porém, não quer mais aceitar as medidas de austeridade impostas por seus credores.
CN/afp/lusa