De volta à Terra
24 de outubro de 2011Cientistas ainda não conseguiram localizar os destroços do satélite de pesquisa alemão Rosat, que neste domingo (23/10) entrou na atmosfera terrestre. Segundo o Centro Aeroespacial Alemão (DLR, na sigla em alemão), não foi confirmado se partes da sonda espacial chegaram à superfície da Terra, mas é possível que tenham caído sobre o sudeste asiático.
De acordo com o DLR, o satélite retornou à atmosfera terrestre entre 3h45 e 4h15 deste domingo (entre 23h45 de sábado e 0h15 de domingo, no horário de Brasília). Pouco antes, o DLR havia anunciado que, segundo os dados disponíveis, a reentrada não aconteceria sobre a Europa, a África ou a Austrália.
De acordo com especialistas, antes da queda, apenas uma parte do satélite com cerca de 2,5 toneladas poderia ter se incendiado por conta do atrito ao reentrar na atmosfera. Por volta de 30 fragmentos com uma massa total de 1,7 tonelada, entre eles uma peça que pesa sozinha 1,6 tonelada, poderiam ter caído a uma velocidade de mais de 400 quilômetros por hora sobre a superfície terrestre ou no mar.
Entretanto, especialistas afirmam que a possibilidade de as partes que não se desintegraram terem causado danos são mínimas.
Em busca do satélite perdido
O DLR trabalha em parceria com 12 agências. "Há uma vasta rede de estações de observação, que não cobre, porém, toda a superfície terrestre", explicou Andreas Schütz, porta-voz do DLR em Colônia.
"Se o satélite tiver caído numa área não coberta, temos como base a informação da estação que o avistou pela última vez e da estação seguinte que não o viu mais", disse. Em algum lugar entre esses dois pontos estará o paradeiro da sonda espacial, que cientistas tentam determinar com a maior exatidão possível através de cálculos.
"Ainda estamos aguardando os dados necessários", declarou Schütz. Pode levar vários dias até que todos os resultados requeridos estejam disponíveis.
O Rosat foi lançado na Flórida em 1990. Inicialmente, o dispositivo circundou a Terra numa órbita elíptica de 585 a 565 quilômetros de altura. Em vez dos 18 meses previstos, o satélite permaneceu ativo até fevereiro de 1999.
Desde o final da sua missão, o satélite perdeu altura continuamente, por causa do atrito, até entrar na atmosfera terrestre novamente neste domingo. A queda não pode ser controlada, pois a sonda espacial não tinha um motor a bordo.
LPF/afp/dpa
Revisão: Alexandre Schossler