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Dilma apoia acordo climático ambicioso e obrigatório

30 de novembro de 2015

Presidente defende cláusula de revisão periódica e diz que diferenças entre países devem ser consideradas, levando em conta mais pobres e vulneráveis. "Há um sentimento de urgência e temos que dar mostras de liderança."

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Foto: picture-alliance/dpa/F. Mori

A presidente Dilma Rousseff defendeu nesta segunda-feira (30/11) um acordo climático ambicioso e legalmente vinculante, ao discursar na abertura da Conferência do Clima da ONU, em Paris. Ela disse ainda ser favorável a uma cláusula de revisão periódica.

"Há um sentimento de urgência e temos que dar mostras de liderança. Nossa ação será útil se for coletiva. A melhor maneira de buscar soluções é nossa união em torno de um acordo justo, universal e ambicioso", afirmou Dilma.

Ao defender um acordo legalmente vinculante, a presidente afirmou que ele "não deve ser um simples resumo das contribuições de cada um", mas que deve "abrir uma nova via para o nosso compromisso com a luta contra as mudanças climáticas".

Ela disse que o acordo deve incluir também a ajuda aos países em desenvolvimento e levar em conta os países mais vulneráveis. "As diferenças entre os países não devem minar nossos objetivos. Os países desenvolvidos têm que buscar outras fontes energéticas, e o acordo tem que levar a uma convergência que una as contribuições de todos", declarou.

Dilma também comentou sobre o desastre ambiental de Mariana, ocorrido no início do mês em Minas Gerais, com a ruptura de duas barragens, a inundação da localidade de Bento Rodrigues com a lama repleta de resíduos da mineração e a morte ou desaparecimento de mais de 20 pessoas. A lama com resíduos invadiu o rio Doce e chegou ao mar, inviabilizando o uso do rio para captação de água e matando peixes.

"Estamos reagindo ao desastre com medidas de redução de danos, apoio às populações atingidas, prevenção de novas ocorrências e também punindo severamente os responsáveis por essa tragédia", disse a presidente no discurso, realçando que a tragédia foi obra de uma "ação irresponsável" das empresas.

AS/efe/lusa