Dilma defende permanência de Levy no governo
18 de outubro de 2015Em viagem à Suécia, a presidente Dilma Rousseff defendeu neste domingo (18/10) a permanência de Joaquim Levy no Ministério da Fazenda e a volta da Contribuição Provisória sobre Movimentação Financeira (CPMF).
"O ministro Levy fica. Nem se tocou nesse assunto", afirmou Dilma, em entrevista coletiva, ao ser questionada sobre os rumores da saída do ministro, publicados na imprensa. A presidente ressaltou que está satisfeita com o trabalho e a política econômica de Levy.
Dilma também defendeu a volta da CPMF, que citou com medida necessária para o equilíbrio fiscal e o crescimento econômico.
"A CPMF é crucial para o país. Não estamos aumentando impostos porque queremos, estamos aumentando impostos porque precisamos. A questão da CPMF é a melhoria macroeconômica do país. Pode ser que nesse momento algumas pessoas não entendam, mas certamente entenderão quando os efeitos que essa medida produzir aparecerem", afirmou a presidente.
Durante a coletiva, Dilma não quis comentar as denúncias de contas não declaradas na Suíça do presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha. "Eu lamento que seja um brasileiro", disse apenas.
A presidente negou ainda os rumores de que o governo tentava um acordo com Cunha para livrá-lo da cassação do mandato em troca da não abertura de um processo de impeachment contra ela.
"Acho fantástica essa conversa de que o governo está fazendo acordo com quem quer que seja. Até porque o acordo do Eduardo Cunha não era com o governo, era com a oposição, e é público e notório. Acho estranho atribuírem ao governo qualquer tipo de acordo que não seja para passar no Congresso a CPMF, a DRU, as MPs", disse Dilma.
Em viagem oficial pelo norte da Europa, Dilma se reuniu neste domingo com o rei Carl Gustaf e a rainha Silvia, no Palácio Real, em Estocolmo, e depois participou de um encontro com empresários brasileiros que possuem negócios na Suécia. Na terça-feira, a presidente segue para a Finlândia.
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