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+Dilma e Aécio evitam ataques pessoais em penúltimo debate; veja como foi+

Karina Gomes20 de outubro de 2014

Candidatos se concentram em propostas e evitam troca de ofensas em terceiro debate presidencial do segundo turno. Dilma destacou melhora de vida do brasileiro e Aécio disse que irá assumir a mudança.

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Debate promovido pela TV Record foi dividido em quatro blocosFoto: Reuters

Após uma semana marcada pela agressividade nas campanhas, os candidatos à Presidência baixaram o tom ofensivo e apostaram na discussão de propostas. O penúltimo debate do segundo turno foi realizado neste domingo (19/10) pela TV Record.

Aécio Neves (PSDB) voltou a criticar a inflação e destacou a suposta participação do PT no caso de corrupção na Petrobras. Dilma Rousseff (PT) reafirmou que "há indícios" de desvio de dinheiro e que aguarda informações para tomar providências.

Temas como educação, segurança, infraestrutura e bancos públicos foram tratados no âmbito da gestão, enquanto que casos de nepotismo intensamente explorados nessa semana pelos dois candidatos ficaram de fora.

O debate foi dividido em quatro blocos. A DW Brasil acompanhou os detalhes. Veja como foi:

00h01: Encerramos aqui a cobertura do terceiro debate presidencial do segundo turno. Obrigado pela companhia!

23h58: Debate na TV Record entre os candidatos à Presidência é encerrado.

23h56: Aécio é vaiado ao iniciar as considerações finais - "Fica muito claro que temos projetos diferentes de Brasil. Nossa proposta não se conforma em ver o país crescendo menos do que os vizinhos, a inflação subindo. Sou o candidato para mudar de verdade o Brasil."

23h55: Dilma - "Ninguém é uma ilha e ninguém consegue crescer sozinho. O Brasil mudou. Você cresceu, porque o Brasil mudou. Para a vida mudar foi preciso governar olhando para todos os brasileiros. Nós que lutamos tanto para melhorar a vida do povo não vamos deixar que nada nesse mundo, nem crise, nem inflação, tire de você o que você conquistou."

23h54: Começam as considerações finais.

23h49: No intervalo, o senador Eduardo Suplicy cumprimenta o vice de Aécio, Aloysio Nunes. O tucano diz que Dilma está "menos raivosa" e, por isso, o debate foi melhor.

23h47: Terceiro bloco termina com aplausos. Record decide realizar considerações finais em um quarto bloco.

23h45: O tucano diz que nordestinos aguardam as águas da transposição do São Francisco e que o trem-bala também não entregue por Dilma. A petista retruca: "O centro administrativo que o senhor construiu em Minas Gerais custou três vezes a mais do que o orçamento previsto", se referindo ao prédio do governo de Minas que reúne as secretarias estaduais. Dilma bate na mesa ao falar do "choque de gestão" do governo de Aécio e menciona a dívida pública de Minas Gerais.

23h42: Aécio questiona por que as obras de transposição do rio São Francisco e da Transnordestina estão atrasadas. Dilma ressalta que outras obras foram concluídas, como as usinas de Santo Antonio e Jirau, e diz que não houve apagão ou racionamento elétrico durante seu governo.

23h40: Aécio diz que vai entregar as creches que Dilma não construiu. A apresentadora interrompe resposta de Aécio e Dilma ri da repreensão sofrida pelo candidato.

23h35: Dilma pergunta sobre educação e destaca Enem como canal de acesso universalizado às universidades. Aécio fala sobre a importância das creches e diz que Minas Gerais tem as melhores escolas de ensino fundamental do país. Na réplica, Dilma critica: "Os senhores sucatearam o Ensino Superior no Brasil."

23h34: O terceiro e último bloco do debate começa com pergunta de Dilma Rousseff.

23h27: Acaba o segundo bloco do debate presidencial.

23h23: Dilma pergunta o que Aécio acha sobre o Pronatec (Programa Nacional de Acesso ao Ensino Técnico e Emprego). O tucano critica a administração do programa e destaca relatório da CGU que aponta irregularidades nas matrículas dos alunos. Ele exalta as Etecs em São Paulo e diz que o Pronatec será melhorado, caso seja eleito. "Seu governo não inventou as escolas técnicas", afirmou para a petista.

23h19: Dilma diz que o PSDB faz críticas ao BNDES. Aécio se dirige aos funcionários de bancos públicos prometendo profissionalizar essas instituições. A petista afirma que os profissionais devem ficar "com a pulga atrás da orelha".

23h15: Aécio diz que vai fortalecer a Polícia Federal e tornar as Forças Armadas parceiras no controle das fronteiras para evitar a entrada irregular de matérias-primas e de drogas. Dilma destaca que irá integrar as polícias para combater o crime organizado. Aécio rebate dizendo que isso já poderia ter sido feito.

23h08: Aécio volta a perguntar sobre a Petrobras. Dilma responde: "Vocês venderam as ações da Petrobras a preço de banana". Aécio retruca: "A candidata diz que a Petrobras vai muito bem, obrigada. Mas vai muito mal."

23h07: Começa o segundo bloco do debate.

23h02: No intervalo, Dilma e Aécio conversam com assessores.

22h58: Acaba o primeiro bloco do debate presidencial com aplausos e vaias da plateia.

22h53: Aécio pergunta o que Dilma irá fazer pela saúde pública. Ela destaca o programa Mais Médicos. O tucano rebate: "Eu não quero um programa apenas para chamar de meu."

22h45: Aécio aborda os escândalos de corrupção envolvendo o Governo. Dilma responde: "Sei que há indícios, mas não sei quem foi ou quanto foi. Assim que as informações forem divulgadas irei investigar". A petista destaca casos de corrupção envolvendo o PSDB, como o cartel no Metrô de São Paulo e diz que tucanos também estão envolvidos no escândalo da Petrobras. "A senhora confia no tesoureiro do seu partido [João Vaccari Neto]?", rebate Aécio se referindo aos indícios de que o PT possa ter recebido propina do esquema.

22h40: O tema da próxima pergunta de Dilma são os avanços sociais. Ela afirma que o Brasil saiu do mapa da fome. Aécio responde dizendo que o PT faz terrorismo pré-eleitoral ao afirmar que o Bolsa Família pode acabar caso seja eleito. Ele rebate declaração de Dilma e provoca risos e tensão na plateia: "Não é seu o Bolsa Família, candidata."

22h34: Aécio pergunta sobre inflação. Dilma destaca aumento no número de empregos. E diz que proposta de Aécio de baixar a inflação para 3% vai elevar a taxa de juros e triplicar os índices de desemprego. "A receita é a mesma: Armínio Fraga [ministro da Economia de Aécio] e arrocho salarial. Vocês acreditam no FMI e sempre recorrem a ele quando precisam", disse a candidata.

O candidato do PSDB diz que países vizinhos praticam taxas de inflação por volta de 3%. "A inflação não está sob controle como a senhora diz."

22h27: Dilma pergunta sobre direitos trabalhistas. Aécio diz que pretende garantir o reajuste real do salário mínimo até 2019 e que quer rever o fator previdenciário.

22h22: Aécio diz que o Governo gastou pouca parcela do PIB com segurança pública. "Onde falhou o enfrentamento do seu governo no combate à criminalidade e ao avanço das drogas?", perguntou a Dilma.

A petista disse que ele está errado quanto aos números que apresentou e o que o desempenho da atual gestão foi melhor que a do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso. Dilma afirmou que houve um aumento de pouco mais de 50% no número de homicídios em Minas Gerais, quando Aécio era governador do estado. O tucano rebate dizendo que os recursos do Fundo Penitenciário e do programa "Crack, é possível vencer" foram mal utilizados.

22h20: Dilma destaca apoio do Governo Federal ao microempreendedor e a micro e pequena empresa e pergunta qual é a opinião de Aécio sobre a universalização da Lei do Simples. O tucano diz que o Simples Nacional foi criado no governo do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso e que se preocupa com o decréscimo no número de postos de trabalho. Agradeço a qualidade da sua primeira pergunta, candidata", disse.

22h14: Começa o primeiro bloco do debate presidencial entre Dilma Rousseff (PT) e Aécio Neves (PSDB).

22h04: "Creio que o debate será propositivo, e Dilma deve se sair bem", afirmou o vice-presidente da República, Michel Temer.

21h57: A trajetória política dos candidatos à Presidência aqui: http://dw.de/p/1DVfA.

21h53: Dilma Rousseff chega para o debate, mas não dá entrevista.

21h49: As regras

O debate terá terá três blocos, com dois intervalos comerciais. No primeiro bloco, serão oito rodadas de confronto direto com pergunta de livre escolha. Sempre haverá resposta, réplica e tréplica. Na segunda parte, estão previstas quatro rodadas de confronto direto e, no terceiro bloco, outras duas, seguidas das considerações finais.

Conforme estabelecido em sorteio, Dilma inicia o primeiro e o terceiro blocos, além das considerações finais. Aécio abre o segundo bloco e encerra o debate.

21h45: O último debate organizado por UOL, SBT e Jovem Pan aconteceu na quinta-feira (16/10) e foi marcado por ofensas e troca de acusações: http://dw.de/p/1DWn0.

21h40: Na tarde deste domingo, Dilma Rousseff fez um comentário sobre as expectativas para este debate em sua conta no Twitter:

21h36: O senador Eduardo Suplicy não quis conversar com jornalistas. O ex-jogador de basquete Oscar Schmidt também chegou para acompanhar o debate, e disse que apoia Aécio.

21h27: O debate começa às 22h (horário de Brasília) e deve ter duas horas de duração. Os mediadores serão os jornalistas Celso Freitas e Adriana Araújo.

21h25: Militantes do PSDB também estão em frente à TV Record e gritam "Aécio, Aécio!".

21h22: "Me vejo como responsável por permitir ao Brasil iniciar um novo ciclo. Fiz uma campanha verdadeira tentando interpretar o sentimento de mudança. Tenho confiança que podemos vencer", disse Aécio Neves a jornalistas.

21h18: Do lado de fora, dezenas de militantes com bandeiras do PT aguardam a chegada de Dilma Rousseff. O tucano Aécio Neves já chegou para o debate.

21h15: O terceiro encontro entre os candidatos à Presidência no segundo turno é promovido pela TV Record. A repórter Marina Estarque está nos estúdios da emissora em São Paulo e traz detalhes sobre os bastidores.

21h10: Boa noite! A DW Brasil começa agora a cobertura do debate presidencial entre Dilma Rousseff (PT) e Aécio Neves (PSDB).