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Dilma promete aumentar reflorestamento

30 de junho de 2015

Ao lado de Obama, presidente anuncia reflorestamento de 12 milhões de hectares e que Brasil e Estados Unidos vão usar 20% de fontes renováveis na energia elétrica até 2030.

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Barack Obama in Brasilien Dilma Rousseff
Foto: Reuters/K. Lamarque

Brasil e Estados Unidos anunciaram nesta terça-feira (30/06), durante a visita da presidente Dilma Rousseff a Washington, um acordo climático que prevê o reflorestamento de 12 milhões de hectares até 2030 em território brasileiro. Ambos os países se comprometeram também a usar 20% de fontes renováveis na energia elétrica no mesmo ano, sem contar a gerada por hidrelétricas.

Para os EUA, a meta anunciada de uso de energias renováveis significa praticamente triplicar o percentual atual e, para o Brasil, mais do que dobrar, afirmou a Casa Branca. A área a ser reflorestada é maior do que o estado de Santa Catarina, que tem 9,5 milhões de hectares, ou quase igual ao território da Inglaterra, que tem 13 milhões de hectares.

Além disso, o Brasil se comprometeu a ter, em 2030, entre 28% e 33% de sua matriz energética total (elétrica e combustíveis) composta por fontes renováveis, além da energia de hidrelétricas.

A Declaração Conjunta Brasil-Estados Unidos sobre Mudança do Clima afirma que o governo brasileiro implementará políticas para eliminação do desmatamento ilegal, em conjunto com o aumento ambicioso de estoques de carbono por meio de reflorestamento e da restauração florestal.

Os presidentes Dilma Rousseff e Barack Obama se comprometeram ainda a lançar uma iniciativa conjunta sobre câmbio climático, com a formação de um grupo de trabalho de alto nível. O grupo vai se reunir pela primeira vez em outubro e buscará aumentar a cooperação em assuntos relacionados ao usao da terra e das energias limpas, entre outros temas.

A declaração não contém, porém, o compromisso de desmatamento zero, esperado por muitos ambientalistas, apesar de Dilma afirmar que o Brasil espera alcançar a meta de acabar com as derrubadas ilegais até 2030.

Dilma e Obama afirmaram que, "desde 2005, Brasil e Estados Unidos reduziram as emissões de gases estufa em termos absolutos mais que nenhum outro país no mundo. Brasil reduziu suas emissões cerca de 41% em comparação com 2005, enquanto os Estados Unidos reduziram suas emissões em cerca de 10% e estão a caminho de cumprir seu objetivo para 2020", que consistia numa redução de 17%.

O compromisso pretende impulsionar as negociações sobre um novo acordo climático, em substituição ao Protocolo de Kyoto, e foi fechado durante a visita de Dilma a Washington, onde ela se reuniu com Obama.

A Casa Branca pressionava o Brasil em favor de um acordo, semelhante ao recentemente fechado com a China, nas vésperas da conferência do clima de Paris, em dezembro, quando os países deverão apresentar propostas concretas de como pretendem ajudar a combater o aquecimento global. Deixar uma marca positiva no combate às mudanças climáticas é uma das prioridades de Obama, que está no seu segundo e último mandato.

AS/efe/rtr/dpa/afp/abr