Dinamarca planeja ilhas artificiais para expandir Copenhague
7 de janeiro de 2019O governo da Dinamarca anunciou nesta segunda-feira (07/01) que planeja construir nove ilhas artificiais para expandir o distrito industrial de Copenhague e atrair investimentos.
A construção das ilhas está prevista para começar em 2022 e terminar em 2040. A expansão aumentará em 3 milhões de metros quadrados o território da capital do país.
Com o projeto, o governo espera atrair até 380 novos negócios e criar 12 mil empregos, adicionando mais de 8 bilhões de dólares à economia.
"Ficaremos mais fortes na competição internacional para atrair negócios, investimentos e mão de obra qualificada. Isso poderia contribuir para o crescimento e o desenvolvimento não somente da região da capital, mas de toda a Dinamarca", afirmou o ministro dinamarquês do Interior, Simon Emil Ammitzboll-Bille, em comunicado.
"Acho que a área poderia se transformar numa espécie de Vale do Silício europeu", afirmou o presidente da Câmara do Comércio da Dinamarca, Brian Mikkelsen, em entrevista à emissora TV2.
Segundo o ministro de Negócios, Rasmus Jarlov, o governo espera que o projeto seja autofinanciado por meio da venda de terrenos nas ilhas. Ele destacou que ainda há uma demanda para a produção de produtos do cotidiano e falta de espaço para isso.
De acordo com a proposta, uma das nove ilhas abrigará uma usina que transformará o lixo produzido na capital em biogás, limpará águas residuais e armazenará energia limpa gerada por moinhos de vento. As demais ilhas serão destinadas a indústrias. Para sair do papel, a proposta precisa do aval do Parlamento.
Copenhague está espalhada sobre as duas principais ilhas que formam o país, Zelândia e Amager, e já teve seu território ampliado diversas vezes com a construção de pequenas ilhas artificiais. Em outubro do ano passado, o governo propôs a construção de uma ilha perto do porto da capital, com o objetivo de abrigar 20 mil moradias.
CN/afp/rtr
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