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Educação e pesquisa

Tina Gerhäusser (sv)29 de julho de 2005

Goethe, Einstein ou Nietzsche parecem enterrados num passado longínquo. A Alemanha se vê às voltas com uma realidade nada aprazível, quando o assunto é educação e pesquisa. Veja o que pensam os políticos do país.

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Foto: dpa

O Partido Social Democrata (SPD) defende que, até o ano de 2010, deverão ser destinadas verbas em torno de 3% do Produto Interno Bruto (PIB) para o financiamento da educação e da pesquisa no país. Dois terços destes valores deverão vir do Estado e um terço do empresariado. Os jardins-de-infância do país, segundo o programa social-democrata, deveriam seguir padrões unificados de educação. Além disso, o partido defende a criação de mais dez mil escolas em tempo integral – uma proposta que exigiria um aumento dos gastos dos Estados alemães em torno de quatro bilhões de euros. Os estudantes universitários, de acordo com o partido, não deveriam pagar para freqüentar a universidade.

Já as metas da União Democrata Cristã (CDU) prevêem um investimento anual, somente a partir de 2010, de 3% do PIB para educação e pesquisa. Além das verbas já destinadas para a Iniciativa da Excelência, um programa de incentivo de universidades de elite, o partido defende o fomento de determinados cursos universitários dentro destas universidades com mais 1,9 bilhão de euros. O dinheiro, neste caso, deverá vir do corte de subsídios existentes. As universidades do país, para a CDU, devem ter o direito de cobrar de seus estudantes.

Os Verdes, assim como os social-democratas, defendem um aumento até 2010 de 3% do PIB para educação e pesquisa. O partido defende também a introdução de uma pré-escola obrigatória no país, durante a qual as crianças seriam melhor preparadas para a primeira série do ensino fundamental. O sistema de três tipos de escolas no país (Gymnasium, Realschule, Hauptschule) deveria, para os Verdes, ser substituído por um único sistema (Gesamtschule). Educadores e educadoras, para o partido, devem freqüentar cursos em Escolas Superiores Técnicas, ao contrário do aprendizado não universitário exigido atualmente.

O Partido Liberal (FDP) defende, em primeira linha, um sistema que priorize a educação da criança, criando, para tal, creches em todo o país abertas em tempo integral. A qualidade destas seria avaliada por um sistema de certificados. Antes de as crianças serem aceitas na primeira série do ensino fundamental (o que passaria a acontecer aos cinco anos de idade e não aos seis, como atualmente), elas deveriam, segundo os liberais, passar por um teste de idioma. Educadores ou pelo menos diretores de creches e jardins-de-infância deveriam exercer a profissão apenas de posse de um diploma de Escolas Técnicas Superiores. O FDP defende ainda a introdução de taxas para estudantes universitários e uma liberalização da concorrência entre as universidades do país.

Já o Partido de Esquerda, remanescente do PDS, da antiga Alemanha Oriental, prevê um aumento das verbas destinadas a educação e pesquisa até 6% do PIB do país. A dissolução do sistema de três tipos de escola, a criação de um sistema escolar único e a abolição de quaisquer taxas para estudantes universitários são alguns dos tópicos defendidos pelo partido.