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Egito encerra estado de emergência que durou 30 anos

1 de junho de 2012

A cessação da lei era uma das principais exigências da revolta popular no país. A junta militar no poder garante que vai continuar "protegendo" os cidadãos.

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Foto: picture-alliance/dpa

A lei expirou nesta quinta-feira (31/05) no final do dia e não foi renovada. A junta militar que governa o país anunciou que continuará "protegendo a segurança da nação e dos seus cidadãos", e afirmou, em comunicado, que vai continuar desempenhando o seu papel, de acordo com a lei, até entregar o poder ao próximo presidente egípcio.

O país vai novamente às urnas nos dias 16 e 17 de junho para decidir entre os dois candidatos vencedores do primeiro turno da eleição presidencial: Mohammed Mursi, da Irmandade Muçulmana, e Ahmed Shafiq, o último primeiro-ministro do ex-presidente egípcio Hosni Mubarak.

Mohammed Mursi (esq.) e Ahmed Shafiq enfrentam-se em junho no segundo turno das eleições no Egito
Mohammed Mursi (esq.) e Ahmed Shafiq enfrentam-se em junho no segundo turno das eleições no EgitoFoto: picture-alliance/dpa

Momento "histórico"

Uma pesquisadora da Human Rights Watch, que mora no Cairo, disse que este é um momento "histórico" e que reflete as mudanças no país desde a queda de Hosni Mubarak, após a revolta popular de 2011.

O estado de emergência havia sido introduzido depois do assassinato do então presidente egípcio, Anwar al-Sadat, em outubro de 1981. Os poderes das forças de segurança aumentaram e o estado de emergência tornou-se um instrumento importante do governo de Hosni Mubarak.

Graças à lei de emergência, as forças policiais podiam fazer detenções arbitrárias, ou, por exemplo, manter as pessoas na prisão apesar de decisão contrária do tribunal.

GCS/afpe/ap/dpae
Revisão: Roselaine Wandscheer