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Eleição é só primeiro desafio na Ucrânia, diz Steinmeier

Sebastian Katzer (fc)20 de maio de 2014

Em entrevista à DW, ministro do Exterior alemão afirma que votação é só o primeiro passo rumo à estabilização da ex-república soviética. Entre as metas, aponta, estão ainda a nova Constituição e o combate à corrupção.

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Foto: DW

Entrevista com Steinmeier

Os ucranianos vão às urnas neste domingo (25/05), numa eleição marcada por turbulências, com o leste do país parcialmente dominado por separatistas. Para o ministro do Exterior da Alemanha, Frank-Walter Steinmeier, a votação é apenas o primeiro desafio no caminho de levar a Ucrânia de volta à estabilidade.

Em entrevista à DW, ele defendeu a importância da eleição, também nas regiões separatistas do leste. "Temos dito aos críticos: se vocês criticam, então justamente vocês deveriam estar interessados em que, com a eleição de um novo presidente, inicie-se a construção de um novo processo de legitimação. E este deverá ter continuidade com a reforma da Constituição e, assim se espera, com a realização de eleições parlamentares ainda este ano."

Steinmeier disse que, após as eleições, os problemas passarão a ser outros: criar uma nova Constituição; definir o grau de centralização do poder; estabilizar a economia e fazer a ajuda econômica internacional chegar ao país; combater a corrupção, e, segundo ele o mais importante, criar uma autoridade independente para investigar crimes de corrupção.

"Tudo isso é um grande desafio não só para a Ucrânia, mas também para a comunidade internacional – ao menos para todos que têm interesse numa estabilização do país", afirmou.

O ministro também criticou aqueles que falam em retorno à Guerra Fria. "O mundo não é mais uma confrontação de blocos. Mesmo aqueles que falam em Guerra Fria vão perceber que os instrumentos simplesmente não funcionam mais. Teremos de agir de forma mais ambiciosa e teremos que repensar a arquitetura de segurança na Europa."

Steinmeier defendeu ainda um papel mais atuante da política externa da Alemanha, mesmo que pesquisas indiquem que a maior parte da população seja contra. "Temos de tomar uma nova consciência do grau da nossa responsabilidade."