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Otimismo entre empresários

Agências (as)26 de março de 2008

Índice Ifo, que mede a confiança das empresas na economia alemã, voltou a subir em março, apesar da tendência de alta da moeda comum européia em relação ao dólar.

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Euro já alcançou o recorde de 1,59 dólarFoto: dpa

Os empresários alemães continuam otimistas, apesar do fortalecimento do euro, da crise financeira internacional e da alta dos preços do petróleo. O índice Ifo subiu pelo terceiro mês consecutivo em março, para 104,8 pontos, alta de 0,7 ponto. É o nível mais alto desde agosto passado.

O indicador, que mede o grau de confiança dos empresários na economia alemã, é calculado pelo Instituto de Pesquisas Econômicas de Munique (Ifo). São ouvidas cerca de 7 mil empresas. "Esse resultado mostra que a conjuntura econômica ganhou impulso na Alemanha com o início do ano", afirmou o presidente do Ifo, Hans-Werner Sinn.

O especialista do Instituto Alemão de Pesquisas Econômicas (DIW), Stefan Kooths, também se disse otimista. "O crescimento possui um fundamento sólido. A carteira de pedidos da indústria está cheia." Para o economista-chefe da Confederação Alemã das Câmaras de Indústria e Comércio (DIHK), Volker Treier, o crescimento da economia deverá continuar em 2008 apesar das dificuldades.

BCE preocupado com inflação

O índice de março foi divulgado no mesmo dia em que o presidente do Banco Central Europeu (BCE), Jean-Claude Trichet, voltou a se mostrar preocupado com a inflação na União Européia. Ao Parlamento Europeu, em Bruxelas, Trichet disse que a fase de preços em elevação continuará para além do esperado e é que necessário manter a taxa de juros adequada à essa pressão inflacionária.

As declarações acabam reforçando ainda mais o valor da moeda européia, pois Trichet deixou claro que a atual política de juros – que torna o euro atrativo aos investidores – não será alterada. A taxa básica de juros do Banco Central Europeu está desde junho de 2007 em 4%, ao passo que nos Estados Unidos a taxa é de 2,25%.

O euro subiu para 1,5729 dólar logo após as declarações de Trichet e a divulgação do índice Ifo. "Assim como nas últimas entrevistas, Trichet destacou os riscos inflacionários. Com isso, não há nada que indique que o BCE venha a baixar os juros, e isso foi percebido pelo mercado", avaliou o analista Jens Lüders, do banco FX Direktbank. Ele disse esperar que a moeda européia volte ao recorde de 1,59 dólar.