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Enfermeira espanhola infectada pelo ebola pode estar curada

20 de outubro de 2014

Após primeiro exame de sangue dar negativo, novo teste é aguardado como confirmação de que paciente está livre da doença. Ela foi a primeira pessoa a contrair o vírus fora da África.

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Teresa Romero, de 44 anos, foi infectada ao tratar de paciente que contreiu vírus na LibériaFoto: Reuters/Javier Limon

Um exame de sangue realizado neste domingo (19/10) indicou que a enfermeira espanhola que havia sido infectada pelo ebola está livre do vírus, afirmou o governo espanhol. Um segundo exame ainda é necessário para confirmar o resultado negativo.

Os dados foram divulgados num comunicado do comitê especial criado pelo Executivo para acompanhar a crise do ebola na Espanha. “O estado de saúde da paciente evoluciona favoravelmente", informa a nota, acrescentando que o segundo teste seria realizado "nas próximas horas".

Outras três pessoas sob investigação estão à espera de um segundo resultado negativo: um viajante procedente da Nigéria, um cooperante das Canárias e um homem que usou a mesma ambulância que transportou a enfermeira, de 44 anos.

O hospital deve agora esperar mais 21 dias – período de incubação do vírus – para ter certeza de que as cerca de 50 pessoas que cuidaram da enfermeira não foram infectados durante o tempo em que ela ficou no hospital.

Romero foi internada em 6 de outubro no hospital Carlos 3º, em Madri, sendo a primeira pessoa infectada pelo ebola fora da África, onde o vírus matou mais de 4.500 pessoas. Ela contraiu o ebola ao tratar do religioso espanhol Miguel Pajares, que havia sido contaminado na Libéria e morreu em 12 de agosto.

Esforços internacionais

Alguns países conseguiram conter o surto, como a Nigéria, a nação mais populosa da África. Depois de 42 dias sem registrar novas infecções, espera-se que o país seja declarado livre do vírus mortal nesta segunda-feira.

Também nesta segunda-feira, os ministros do Exterior da União Europeia (UE) se reunem em Luxemburgo para tentar elaborar uma nova estratégia para combater o surto, inclusive liberando mais recursos e enviando equipe especializada para a África.

Berlin World Health Summit 19.10.2014
Steinmeier defendeu o envio de uma missão civil da UE à África OcidentalFoto: Reuters/Thomas Peter

Antes das conversações, o ministro das Relações Exteriores da Alemanha, Frank-Walter Steinmeier, disse que o bloco deve considerar o envio de "uma missão civil da UE" à África Ocidental. "Isso iria oferecer uma plataforma para os Estados membros (da UE)" enviarem equipes médicas para a região, afirmou na Conferência Mundial da Saúde, em Berlim.

Um apelo mundial da ONU pediu quase 1 bilhão de dólares (785 bilhões de euros) para combater o ebola, mas até o momento, a quantia arrecada está foi de apenas 385,9 milhões de dólares, dados por governos e agências, e mais 225,8 milhões de dólares prometidos.

NM/afp/lusa