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Erdogan anuncia proibição do Uber na Turquia

2 de junho de 2018

“Ninguém pode pisar no direito dos nossos taxistas", disse presidente. País aprovou lei que determina suspensão de habilitação de motoristas flagrados transportando passageiros por meio do aplicativo.

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USA Dienstleistungsunternehmen Uber
O Uber começou a operar em Istambul em 2014 e conta com pelo menos 7 mil motoristas no país.Foto: picture alliance/dpa/Imaginechina/Da Qing

O presidente da Turquia, Recep Tayyip Erdogan, anunciou na noite de sexta-feira (01/06) que o Uber "acabou” no país. O anúncio ocorre em meio à pressão de taxistas, que acusam o aplicativo de concorrência ilegal.

"Apareceu uma coisa chamada Uber ou algo assim. Isso acabou. Já não existe", disse Erdogan durante um jantar que contou com a presença de representantes do sindicato de motoristas de ônibus de Istambul.

"De onde isso saiu? Há na Europa, mas aqui nós decidimos. Temos um sistema de táxis. O Ministério do Interior deu as instruções. Se eles se meterem no nosso trânsito, faremos o necessário. Ninguém pode pisar no direito dos nossos taxistas", afirmou o presidente.

Na terça-feira, o governo aprovou uma lei que praticamente inviabiliza as operações do aplicativo no país. Ela determina a suspensão das carteiras de motoristas de pessoas que trabalham para aplicativos como o Uber. Pela lei, a primeira infração será punida com multa. Caso seja pego pela segunda vez, o motorista pode ter a carteira suspensa por dois anos.

Nos últimos meses, sindicatos de taxistas organizaram vários protestos contra o Uber, criticando a empresa por promover concorrência desleal. Em Istambul, a polícia registrou várias agressões de taxistas contra motoristas do aplicativo.

O Uber começou a operar em Istambul em 2014. A principal cidade da Turquia conta com 17,4 mil táxis credenciados. No entanto, a notória má qualidade do serviço vinha abrindo caminho para aplicativos como o Uber. Além de Istambul, o Uber opera em cidades turísticas como Bodrum e Cesme.

Segundo o Uber, pelo menos 2 mil motoristas utilizam o aplicativo no país para encontrar passageiros. Outros 5 mil motoristas utilizam o UberXl, que oferece vans para transportar grupos de passageiros. 

Na última quarta-feira, a empresa afirmou que continuará na Turquia, apesar da nova legislação aprovada pelo governo do país.

A Turquia não é o único país a entrar em choque com o Uber. O aplicativo já foi banido ou forçado a abandonar os mercados da Bulgária, Dinamarca e Hungria. O Uber também funciona de maneira limitada na França, Itália, Alemanha, Japão e Taiwan.

JPS/efe/rt

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