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Espanha confirma primeira infecção por ebola fora da África

6 de outubro de 2014

Auxiliar de enfermagem do hospital de Madri que tratou dois missionários é internada com sintomas do vírus. Autoridades de saúde monitoram 30 funcionários que tiveram contato com doentes.

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Spanien Krankenhaus Carlos III in Madrid Ebola
Foto: picture-alliance/dpa/L. Piergiovanni

Uma auxiliar de enfermagem de um hospital de Madri está infectada por ebola, confirmou a ministra da Saúde espanhola, Ana Mato, nesta segunda-feira (06/10). Ela é a primeira pessoa a contrair o vírus fora da África e está internada em Alcorcón.

"Dois testes foram realizados e os dois deram positivo", disse um porta-voz da Secretaria de Saúde de Madri. A mulher trabalha no hospital La Paz Carlos 3º, onde dois missionários, que foram repatriados da África Ocidental, morreram vítimas da doença.

Em coletiva de imprensa, a ministra da Saúde disse que a enfermeira está em condição estável e esteve envolvida no tratamento de um dos missionários. Mato detalhou ainda que a mulher havia entrado de férias no dia seguinte à morte do segundo missionário, em 26 de setembro, e que começou a se sentir mal cinco dias mais tarde.

Segundo a ministra, outros 30 funcionários do hospital de Madri estão sendo monitorados. O protocolo de emergência foi colocado em prática imediatamente para garantir a segurança dos cidadãos espanhóis, e as autoridades estão trabalhando para detectar exatamente como a enfermeira contraiu a doença.

Os dois missionários eram os padres Miguel Pajares, que foi infectado na Libéria e morreu em 12 de agosto, e Manuel Garcia Viejo, que contraiu a doença em Serra Leoa e morreu em 25 de setembro. Ambos eram membros do Hospital da Ordem de São João de Deus, uma instituição católica de caridade que trabalha com vítimas do ebola na África.

Na semana passada, os Estados Unidos confirmaram o primeiro caso de ebola do país. O infectado, porém, é um liberiano que contraiu a doença na África e apresentou os sintomas apenas em território americano.

O vírus já causou a morte de mais de 3.500 pessoas, no que é considerada a maior epidemia de ebola de todos os tempos. Os países mais afetados são Libéria, Serra Leoa e Guiné.

PV/afp/ap