Esposa de Assad é diagnosticada com câncer de mama
8 de agosto de 2018A esposa do presidente Bashar al-Assad, Asma al-Assad, foi diagnosticada com câncer de mama e iniciou tratamento contra a doença num hospital militar de Damasco, disse a presidência da Síria nesta quarta-feira (08/08).
"Com força, confiança e fé, a senhora Asma al-Assad começa a etapa inicial do tratamento contra o tumor maligno no peito e que foi descoberto em fase inicial", informou a presidência numa mensagem nas redes sociais.
Ao lado da mensagem, foi postada uma fotografia de Asma sentada em uma cadeira, vestindo calças jeans e uma camiseta, recebendo uma solução intravenosa e mais magra do que o habitual. O líder sírio aparece ao lado da esposa sentado em outra cadeira, num singelo e pequeno quarto de hospital.
Anúncios como esse são incomuns no mundo árabe, onde o câncer é considerado tabu.
A agência de notícias estatal Sana afirmou que Asma, de 42 anos, recebe tratamento num hospital militar de Damasco, sem dar mais detalhes.
Mais tarde, a presidência síria publicou nas redes sociais outra foto de Asma, na qual ela segura um laptop numa mão e uma xícara na outra. "Pertenço ao povo sírio, que ensinou ao mundo perseverança, força e como enfrentar as dificuldades. Minha determinação vem da sua determinação e força dos últimos anos", diz o texto publicado junto com a imagem.
A família de Asma é originária da província de Homs. Filha de diplomata e de um cardiologista, a primeira-dama, no entanto, nasceu no Reino Unido. Asma era investidora de bancos em Londres, Nova York e Paris, até se casar com Bashar, em 2000, meses depois de ele assumir a presidência da Síria após a morte do pai. Depois do casamento, ela se mudou para Damasco. Os dois têm três filhos.
Em várias ocasiões, desde o começo da guerra na Síria em 2011, houve rumores de que a esposa de Assad tinha deixado o país por motivos de segurança e, inclusive, quando explodiu o conflito foi ventilada a possibilidade de Asma deixar o marido porque se opunha à violência do governo contra o povo.
No entanto, ela permaneceu junto ao marido durante todo o conflito e mostrou apoio ao presidente em vários atos públicos, nos quais Asma ofereceu o rosto mais humano do regime, como em encontros com as famílias de soldados mortos e feridos.
Antes da guerra, Asma estampou revistas de moda, como a Vogue, e chegou a ser chamada de "Princesa Diana da Síria". Porém, após o início do conflito, a primeira-dama foi fortemente criticada pelo seu silêncio face à repressão do governo.
CN/efe/afp/ap
----------------
A Deutsche Welle é a emissora internacional da Alemanha e produz jornalismo independente em 30 idiomas. Siga-nos no Facebook | Twitter | YouTube | WhatsApp
| App | Instagram | Newsletter