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Estados americanos revertem reabertura após aumento de casos

28 de junho de 2020

Total de infectados por coronavírus nos EUA passa de 2,5 milhões. País ainda registrou 125 mil mortes. Aumento recente de casos tem ocorrido principalmente entre os jovens.

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USA Corona-Pandemie Texas
Praia fechada no Texas. Estado reverteu parte da reabertura após aumento de casosFoto: Imago-Images/ZUMA Wire/C. James

O aumento de casos de coronavírus nos estados americanos do Texas e da Flórida levaram autoridades a reverter esforços para reabrir suas economias, determinando que bares fechem novamente que restaurantes adotem restrições mais rígidas.

Na manhã de sábado, a Flórida anunciou 9.585 novas infecções nas últimas 24 horas, segundo recorde consecutivo. Na sexta-feira, já haviam sido notificados 8.942 novos. Os dois números são significativamente mais altos que o recorde anterior do estado, de 5.511 novos casos diários, alcançado em 24 de junho.

Já o Texas registrou 9.585 infecções por coronavírus entre sexta-feira e sábado.

Os anúncios marcaram um grande passo atrás por ambos os Estados - dois dos primeiros impulsionadores nas tentativas de reabrir a economia - e um reconhecimento de que os números de infecções se tornaram muito preocupantes.

Os Estados Unidos registraram mais de 45.000 novos casos de covid-19 na sexta-feira, o maior aumento de um dia da pandemia. Mais de 2,5 milhões de norte-americanos já testaram positivo. Pelo menos 125.000 morreram em todo o país, mais do que em qualquer outro país – o Brasil é o segundo colocado, com 57 mil mortes.

No entanto, as autoridades de saúde do país estimam que o número real de casos é provavelmente dez vezes maior que o total confirmado. Os Centros dos EUA para Controle de Doenças (CDC) estimam que até 20 milhões de americanos podem ter sido infectados.

O principal especialista do governo dos EUA para a panmdemia, Anthony Fauci, disse na sexta-feira que o país estava com um "problema sério".

Em uma coletiva da força-tarefa sobre coronavírus da Casa Branca, Fauci ainda disse que o aumento recente de casos foi causado por regiões "que talvez tenham voltado a abrir um pouco cedo demais" e pela pessoas que não seguem as orientações de distanciamento social. "As pessoas estão infectando outras pessoas e, finalmente, você infectará alguém vulnerável", disse.

Já o chefe do CDC, Robert Redfield, aponta que o aumento recente de casos está ocorrendo principalmente entre ao jovens – pessoas entre 18 e 34 anos –, especialmente no sul e oeste dos EUA.

O número atual de mortes já ultrapassou as estimativas mais conservadora da Casa Branca, que projetava de 100 mil a 240 mil mortes devido à pandemia.

Já o presidente Donald Trump chegou a dizer que o número final seria de 50 mil a 60 mil, mas depois se retificou e previu até 110 mil mortes, um número que também foi ultrapassado.

O Instituto de Métricas e Avaliação da Saúde da Universidade de Washington (IHME), cujos modelos de previsão da evolução da pandemia são frequentemente utilizados pela Casa Branca, estima que o país chegará a outubro com cerca de 180 mil mortes.

JPS/rt/ots

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