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Estudo prova rápido crescimento no Leste

Alina Fichter (sm)16 de setembro de 2004

A região da ex-Alemanha Oriental é vista pela população como um peso nas costas da economia alemã. Pesquisas revelam, no entanto, que o Leste do país cresce mais rápido que o Oeste.

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Recuperação das construções do Leste foi motor de crescimento nos anos 90Foto: AP

Brandemburgo: 18,5%. Mecklemburgo-Pomerânia Ocidental: 20%. Saxônia-Anhalt: 20,4%. As taxas de desemprego de agosto passado foram assustadoras. Apesar de investimentos de bilhões de euros, nada parece ter mudado nos estados que correspondem à antiga Alemanha Oriental.

Cresceu três vezes mais que o oeste

No entanto, um estudo do Banco da Reconstrução (KfW) revelou que o Produto Interno Bruto (PIB) no Leste do país cresceu em média pelo menos três vezes mais rápido que no Oeste durante os últimos dez anos. Enquanto o crescimento anual na parte ocidental do país se limitou a 1%, no Leste este índice chegou a 3,3%. Só nos últimos anos que o ritmo de crescimento na parte oriental sofreu uma certa desaceleração.

Norbert Irsch, economista do KfW, explica que o setor de construção civil foi o verdadeiro motor da conjuntura do Leste alemão na primeira metade dos anos 90. Além disso, o desenvolvimento geral da conjuntura, independentemente da construção civil, foi estável e positivo. Na avaliação de Irsch, a demanda é satisfatória, embora a crise estrutural na construção civil, que ainda deverá durar de três a cinco anos, esteja prejudicando o crescimento econômico da região.

Exportações e competitividade crescentes

Na indústria manufatureira, os investimentos aumentaram 9% este ano. As taxas de exportação também aumentam constantemente. A economia do Leste alemão também tem competitividade internacional.

Norbert Irsch descreve as peculiaridades da economia da parte oriental da Alemanha: "O Leste tem custos de produção de 2,5% a 3% inferiores aos do Oeste, algo digno de nota. Isso se deve em parte ao fato de que a jornada de trabalho da região da ex-Alemanha Oriental é mais longa. Além desta remuneração e dos componentes monetários, o que importa é a alta qualificação da mão-de-obra. A infra-estrutura construída na região nos últimos anos é superior à dos países vizinhos do Leste Europeu".

Irsch considera que a recuperação econômica da região da ex-Alemanha Oriental foi bem-sucedida. Para ele, um processo que normalmente teria durado até duas gerações foi acelerado sobretudo pela ajuda do Oeste do país, superando absolutamente as expectativas dos economistas.