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Estátua de Erdogan surpreende moradores de cidade alemã

28 de agosto de 2018

Com quatro metros de altura, efígie dourada do presidente turco instalada em Wiesbaden causa perplexidade. Parte de bienal de arte, instalação é coberta de pichações, e prefeitura recebe reclamações.

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Estátua de Recep Tayyip Erdogan em Wiesbaden
A pose de Recep Tayyip Erdogan lembra estátua do ex-ditador iraquiano Sadam Hussein derrubada em 2003Foto: picture-alliance/dpa/A. Dedert

Uma estátua de quatro metros de altura do presidente da Turquia, Recep Tayyip Erdogan, foi erguida em Wiesbaden, para surpresa e perplexidade de grande parte dos residentes da cidade no sudoeste da Alemanha. A estátua foi coberta de pichações ofensivas.

A enorme efígie instalada na Platz der Deutschen Einheit (Praça da Unidade Alemã), no centro da cidade, retrata Erdogan com o braço direito erguido. A pose lembra a da famosa estátua do ex-ditador iraquiano Saddam Hussein, derrubada pelas forças militares americanas em 2003, durante a invasão do Iraque.

A estátua de Erdogan é uma instalação que faz parte da Bienal de Arte Contemporânea de Wiesbaden, mas foi erguida sem o conhecimento das autoridades municipais, segundo relatou um porta-voz de Wiesbaden à agência alemã de notícias DPA nesta terça-feira (28/08). A edição atual do festival de arte ocorre sob o lema "Más notícias".

"Recebemos ligações telefônicas de uma série de cidadãos perplexos – não está claro para a população que [a estátua] faz parte da Bienal", disse o porta-voz.

O jornal local Wiesbadener Kurier noticiou que as autoridades municipais autorizaram a estátua, mas não sabiam que o presidente turco seria a personalidade representada.

Erdogan tem uma visita oficial a Berlim marcada para o próximo mês. Muitos alemães se opõem à visita do presidente turco devido a suas tendências autoritárias e tentativas de conquistar apoio político entre a numerosa minoria turca da Alemanha.

Cem Özdemir, líder do oposicionista Partido Verde da Alemanha e descendente de turcos, disse em julho que Erdogan transformou a Turquia "numa espécie de Turcomenistão ou Azerbaijão, com censura, despotismo, nepotismo e autocracia".  

PV/ap/dpa

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