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EUA acusam Rússia de ataques cibernéticos

7 de outubro de 2016

Washington diz que objetivo de ataques cibernéticos a pessoas e instituições americanas era interferir na eleição que escolherá novo presidente dos EUA. Moscou afirma que acusação é absurda.

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Símbolo do Departamento de Segurança Nacional dos EUA
Foto: Getty Images/AFP/S. Loeb

O governo dos Estados Unidos acusou nesta sexta-feira (07/10) oficialmente a Rússia dos recentes ataques cibernéticos contra pessoas e instituições americanas, incluindo o Comitê Nacional do Partido Democrata. A suposta invasão de Moscou teria o objetivo de interferir nas eleições de 8 de novembro.

Em comunicado conjunto do Departamento de Segurança Nacional e o Escritório do Diretor de Inteligência Nacional, os Estados Unidos se declararam "seguros de que o governo russo dirigiu" esses ataques.

"Acreditamos, com base no alcance e sensibilidade desses esforços, que somente altas autoridades da Rússia poderiam ter autorizado essas atividades", afirma o comunicado.

Esta é a primeira acusação oficial dos Estados Unidos contra Moscou em meio a uma série de ataques cibernéticos contra instituições americanas. O comunicado afirmou que a suposta divulgação de e-mails hackeados no Wikileaks e em outros sites são compatíveis com métodos utilizados pela Rússia.

"Esses roubos e divulgações têm a intenção de interferir no processo eleitoral dos EUA. Essas atividades não são novas para Moscou. Os russos já usaram tácticas e técnicas similares em toda a Europa e Eurásia para influenciar a opinião pública", ressaltou o comunicado.

Moscou negou que tenha participação nos ataques cibernéticos. O porta-voz do Kremlin, Dmitry Peskov, classificou as acusações de absurdo.

"Isto é novamente um absurdo. Nossos sites são alvos de milhares de tentativas de ataques de hackers por dia", acrescentou Peskov.

CN/efe/afp/rtr