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EUA autorizam Shell a explorar o Ártico

23 de julho de 2015

Petrolífera poderá perfurar no mar de Chukchi somente quando exigências de segurança forem cumpridas e num período limitado entre julho e outubro. Ambientalistas criticam concessão por ameaçar ecossistema e população.

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Ativistas protestam contra a exploração de petróleo no Ártico pela ShellFoto: Reuters/J. Redmond

O governo dos Estados Unidos autorizou o grupo energético anglo-holandês Shell a explorar petróleo no mar de Chukchi, diante do Alasca, mas sob algumas condições. O período para perfurações no gelo estipulado nas duas licenças emitidas nesta quinta-feira (23/07) está limitado entre os meses de julho e outubro.

Ao conceder as permissões, o Escritório de Segurança e Cumprimento Ambiental (BSEE, na sigla em inglês), do Departamento do Interior dos Estados Unidos, também condicionou a exploração a equipamentos de emergências para conter possíveis vazamentos no prazo de 24 horas.

"Sem o sistema de controle requisitado, a Shell não será autorizada a perfurar em zonas petrolíferas", afirmou o diretor do BSEE, Brian Salemo. Além da segurança, as atividades devem se ater a padrões ambientais, destacou.

"Assim que as embarcações de suporte estiverem a postos e a Polar Pioneer [plataforma de exploração de petróleo] estiver ancorada de forma segura, a perfuração irá começar", afirmou a porta-voz da Shell, Kelly op de Weegh.

O Departamento do Interior já havia dado uma primeira luz verde aos planos de exploração da Shell na área, sob a condição de que a companhia obtivesse todas as licenças necessárias das agências federais e estatais.

Grupos ambientalistas como o Greenpeace têm criticado os planos da Shell no Ártico. As entidades alegam que a área não é apenas refúgio de espécies de baleias, morsas e ursos polares, mas também de povos nativos, que sofreriam com a exploração do local. Eles também argumentam que a perfuração do Ártico é muito arriscada, por causa do gelo e das tempestades.

A diretora-executiva da Liga Alasca Selvagem, Cindy Shogan, é contra a exploração da área. "Esta decisão coloca o destino do frágil oceano Ártico e o futuro do nosso clima nas mãos da Shell", afirmou em comunicado.

KG/ap/rtr