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EUA boicotarão reuniões do G20 se Rússia estiver presente

6 de abril de 2022

Decisão já foi comunicada à Indonésia, país que preside atualmente o grupo e que convidou os líderes do G20 para um encontro em novembro, em Bali.

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Biden fala em um púlpito
Casa Branca não especificou de quais encontro os EUA ficariam de foraFoto: Evan Vucci/AP/picture alliance

Em razão da guerra na Ucrânia, os Estados Unidos pretendem boicotar algumas reuniões do G20, se representantes da Rússia estiverem presentes, informou nesta quarta-feira (06/04) a secretária do Tesouro, Janet Yellen.

"Não participaremos de reuniões quando os russos estiverem lá", disse Yellen em uma audiência na Câmara dos Deputados dos EUA.

Segundo ela, a decisão já foi comunicada a seus colegas da Indonésia, país que atualmente preside o grupo dos 20 países industrializados e emergentes mais importantes do mundo. 

O presidente dos EUA, Joe Biden, pediu no mês passado que a Rússia fosse excluída do G20, mas a China se manifestou contra.

A presidência indonésia do G20 convidou os líderes do grupo - incluindo Biden e o presidente russo, Vladimir Putin - para um encontro em Bali nos dias 15 e 16 de novembro.

Novas sanções

A já conturbada relação entre Rússia e Estados Unidos vem se deteriorando cada vez mais desde o começo da invasão russa na Ucrânia. Esta semana, Biden chamou Putin de "criminoso de guerra".

Nesta quarta-feira, os EUA impuseram uma nova rodada de sanções contra Moscou que atinge, também, as filhas do presidente russo, Vladimir Putin, e outros familiares de integrantes do governo.

Além de Maria Vorontsova, 36 anos, e Katerina Tikhonova, 35, filhas do presidente da Rússia, as punições financeiras divulgadas pelo governo Biden alcançam também a mulher e a filha do ministro do Exterior do país, Sergei Lavrov, e membros do Conselho de Segurança, a exemplo do ex-presidente e primeiro-ministro, Dmitry Medvedev. As medidas bloqueiam o acesso ao sistema americano e congelam ativos que estão no país.

As mais recentes sanções foram direcionadas ao Sberbank, que detém um terço dos ativos bancários totais da Rússia, e ao Alfabank, a quarta maior instituição financeira do país. Com isso, o governo americano irá proibir o trânsito de ativos via sistema financeiro dos EUA, impedindo, assim, que os americanos façam negócios com essas instituições.

"Hoje, junto com nossos aliados e parceiros, estamos anunciando uma nova rodada de sanções devastadoras. Eu deixei claro que a Rússia pagaria um preço severo e imediato por suas atrocidades em Bucha", declarou Biden em uma mensagem no Twitter, referindo-se à cidade retomada pelo exército ucraniano onde centenas de civis foram encontrados mortos.

Os bancos Sberbank e Alfabank anunciaram que as sanções não teriam um impacto significativo em suas operações.

le (Reuters, dpa)