EUA impõem sanções a vice de Maduro
14 de fevereiro de 2017O vice-presidente da Venezuela, Tareck el-Aissami, foi alvo de sanções impostas pelo governo dos Estados Unidos nesta segunda-feira (13/02) em razão de seu "papel significativo no tráfico de drogas internacional".
As sanções do Departamento do Tesouro americano incluem também o empresário venezuelano Samark José López Bello, que teria agido como "testa de ferro" de Aissami ao proporcionar "material, apoio financeiro, bens e serviços em apoio de atividades de tráfico internacional de narcóticos".
A medida, que resulta de anos de investigações, deverá acirrar as tensões entre o novo governo americano e o país mais crítico aos EUA na América Latina. Aissami é a autoridade venezuelana de mais alto escalão a sofrer punições impostas pelos EUA.
As sanções implicam no bloqueio dos ativos de Aissami e López Bello sob a jurisdição americana e os impede de fazer transações com cidadãos americanos. Elas afetam 13 empresas de propriedade ou controladas pelo empresário com sede nos EUA, Venezuela, Panamá, Reino Unido e na Ilhas Virgens Britânicas.
Em comunicado, o Departamento do Tesouro informou que a inclusão de um membro do governo venezuelano na lista de sancionados do Tesouro dos EUA "não significa que o governo em si também esteja bloqueado".
A nota, porém, alerta que "os cidadãos americanos devem ser cautelosos em suas relações com o governo [venezuelano] para assegurar que não estejam envolvidos em transações, diretas ou indiretas, com uma pessoa da lista".
Aissami, de 42 anos, que era governador do estado de Aragua, foi nomeado vice pelo presidente Nicolás Maduro, no dia 4 de janeiro.
"A recente nomeação de Tareck el-Aissami por parte de Nicolás Maduro lhe põe na linha sucessória para, possivelmente, se transformar no próximo líder da Venezuela, o que é extremamente preocupante em razão de seus vínculos comprovados com o narcotráfico e organizações terroristas", afirma o Tesouro americano.
As sanções são impostas após o pedido feito por um grupo de 34 parlamentares americanos ao presidente dos EUA, Donald Trump, na semana passada, para que tomasse medidas imediatas para punir funcionários do governo venezuelano que estariam se beneficiando de supostas violações de direitos humanos.
RC/efe/dpa/ap