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Europeus atrasam relógio em 1 hora – talvez pela última vez

25 de outubro de 2020

Madrugada marca fim do horário de verão nos países da União Europeia. Deve ser a última vez que a mudança nos relógios será necessária, após Parlamento Europeu ter decidido pelo fim da prática.

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Deutschland Uhrmachermeister baut Turmuhren
Foto: picture-alliance/dpa/M. Schutt

Os moradores dos países da União Europeia atrasaram seus relógios na madrugada deste domingo (25/10) em uma hora, marcando o fim do horário de verão. Pode ter sido, no entanto, a última vez que isso foi necessário.

O motivo é que, no ano passado, o Parlamento Europeu aprovou a abolição do horário de verão no bloco europeu. Isso se deu após uma pesquisa feita em toda a União Europeia mostrar que a esmagadora maioria era a favor da decisão.

A decisão deixou aos Estados-membros da UE a opção de se manterem fiéis à mudança de horário, mas não há uma posição uniforme sobre se o bloco deve adotar o horário de verão ou de inverno.  A ideia era que até 2021 uma decisão fosse tomada, mas não há ainda um plano concreto sobre como implementar a mudança.

Pelo projeto aprovado, seria possível que a Alemanha se  decidisse de outra forma que as vizinhas Bélgica e França,. e ao final os países teriam horários diferentes. Para evitar isso, os países da UE querem se coordenar.

Mas isso não será assim tão fácil. Existe hoje, na Europa Central, um fuso horário que abrange uma região que vai da Espanha à Polônia, incluindo 17  países. Se todos optarem pelo horário de verão eterno, o sol só nasceria depois das 10h no oeste da Espanha no inverno. Se todos ficarem com o horário de inverno, o sol nasceria às 3h15min em Varsóvia no verão.

A mudança de hora duas vezes por ano é um assunto controverso há muito tempo, mas hoje existe um amplo consenso na UE quanto ao seu fim. Desde 1996, os habitantes da União Europeia mudam os relógios no último domingo de março (uma hora para frente) e no último domingo de outubro (uma hora para trás). 

Originalmente, a intenção era poupar energia através de uma melhor utilização da luz do dia, mas os benefícios econômicos são controversos. Além disso, pesquisas científicas sugerem que a transição pode causar problemas de saúde física ou psicológica.

RPR/dpa