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Feira da Moda oferece consolo ao consumidor

(sv)5 de agosto de 2002

Dois mil expositores estão reunidos na Collections Première Düsseldorf (CPD), o maior salão de moda masculina e feminina da Europa. Cores fortes dão um toque de otimismo e procuram amenizar a crise do mercado.

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Modelos desfilam roupas da grife "Cosabella", durante a Feira Internacional em DüsseldorfFoto: AP

Esportiva, colorida e otimista. São esses os títulos escolhidos pelo Salão Internacional da Moda de Düsseldorf, na Alemanha, para as coleções de outono-inverno, apresentadas na cidade do último domingo (4/8) até terça-feira (6/8). A feira reafirmar a ausência de "ditados" no mundo da moda, ou seja: tudo o que agrada passa a ser permitido.

Anos 70 -

Em tempos de economia desaquecida e vendas fracas, o Salão da Moda tem por objetivo provocar o consumidor. O romântico se mistura ao folclore, o glamour ao rústico. Batik e estampas tropicais substituem modelos estéreis de uma cor só e a gravata masculina dá lugar a descontraídos lenços e echarpes. Defendendo escolhas individuais, a feira de Düsseldorf aposta na despedida do gosto uniforme. Além disso, é festejado um verdadeiro comeback dos anos 70 e 80, com direito a todo tipo de jardineiras e macacões.

A combinação vermelho-laranja, podendo chegar até ao marron, é uma das tendências da moda feminina. Diga-se de passagem, uma mistura já conhecida desde a década de 70. O comprimento das saias varia de mini até o tornozelo. Outra novidade é ainda a volta das túnicas às ruas. O ponto forte da próxima estação não está, no entanto, nas roupas, mas nos acessórios. Cintos na altura da cintura ou "caídos" sobre os quadris não devem ser esquecidos.

Na moda masculina, presente pela primeira vez no Salão, surgem ternos de linho arrojados, de preferência brancos ou em tons pastéis. A redescoberta do ano são os velhos e clássicos ternos de listras finas. Entre as cores, dominam os tons pastéis e terra, sendo que até o vermelho passa a ser permitido. Jaquetas e casacos curtos devem predominar no visual masculino no próximo outono-inverno.

Flower Power e Oriente -

A moda-praia trouxe este ano muito do que já é conhecido: estampas exóticas e cores fosforescentes. A surpresa fica por conta dos maiôs assimétricos, que chegam a parecer biquínis. Também o tema "oriente" é uma das inovações do setor. Tons quentes, como ouro e bronze, dão o toque especial. Obviamente o tradicional jeans não pode faltar nem mesmo na moda praia. A ele agrega-se o revival dos elementos hippies, como o floral, o patchwork e as franjas.

A funcionalidade e o conforto exercem um papel importante para os expositores em Düsseldorf, principalmente nas lingeries. Transparências e bordados são até usados, mas não devem ser sentidos na pele por quem usa. "O conforto é um tema importantíssimo", confirma Hans-Joachim Jorke, diretor da sessão Body & Beach da feira.

Brasil -

Cerca de dois mil expositores de 39 países, entre eles dez confecções brasileiras, estão presentes em Düsseldorf. 300 expositores concentram-se na moda masculina e 1350 na feminina. Cerca de cem estandes trazem tanto tendências masculinas quanto femininas, apostando num novo conceito de estilo. A feira espera atrair cerca de 57 mil visitantes, vindos de mais de 90 países.

Um bom número de expositores de acessórios, que chegam este ano a 250, assinalam as novas tendências em gravatas, echarpes, cintos, bolsas, bijuterias e no setor especial dedicado a chapéus e boinas. Contrastando ao mainstream, designers jovens apostam ainda em novos estilos, criando dentro da feira a plataforma Fashion Gallery, com seu Creative Club. Uma tentativa de oferecer ao mercado a possibilidade de dizer adeus às convenção estéticas.