Lar, doce lar
18 de janeiro de 2010Por ocasião da abertura da Feira Internacional de Móveis de Colônia (imm Cologne), que começa nesta terça-feira (19/01) na cidade renana, o Departamento Federal de Estatísticas da Alemanha (Destatis) divulgou dados preliminares que apontam uma diminuição de 10,9% no faturamento da indústria de móveis do país em 2009 em relação ao ano anterior.
Segundo o Destatis, o faturamento caiu para 18,3 bilhões de euros no ano passado, próximo do nível de 2006. Já o faturamento do comércio moveleiro conseguiu manter-se estável no ano de crise de 2009, informou a Confederação Alemã das Indústrias de Móveis (VDM), devido ao interesse do consumidor em móveis importados de baixo custo.
A Feira de Móveis de Colônia, que acontecerá até o próximo domingo (24/01), deverá dar um novo impulso ao setor. Neste ano, a feira conta com 1.053 expositores provenientes de 51 países. Cerca de um terço dos 100 mil móveis expostos na imm Cologne são novidades.
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O presidente da empresa Kölnmesse, Gerald Böse, responsável pela organização da feira, tem motivos para estar orgulhoso. Apesar da crise, a atual edição da imm Cologne conseguiu até mesmo uma ampliação de 1% em relação a 2009.
"O setor apoia sua principal feira, apoia a marca imm Cologne e o polo econômico de Colônia. Isso vale não somente para a indústria, mas da mesma forma, naturalmente, também para o comércio", declarou Böse.
De fato, no ano passado, a indústria e o comércio moveleiro se comportaram de forma completamente diferente. Em meio à crise de 2009, os alemães gastaram 30 bilhões de euros em móveis, mobiliário de cozinha e móveis decorativos. Além disso, foram gastos 6 bilhões de euros em tapetes, tecidos para decoração e acessórios.
Mudança de rumo
Ao contrário do bom e inesperado resultado do comércio, a indústria alemã de móveis e de mobiliário de cozinha teve de vivenciar uma dura queda de faturamento.
Dirk-Uwe Klaas, presidente da VDM, reiterou o cálculo do Destatis, afirmando que em 2009 a perda no setor foi por volta de 10%. No entanto, em comparação com outros ramos da economia, que tiveram em média um retrocesso de 20%, "escapamos somente com um pequeno susto", disse Klaas.
Como era de se esperar num ano de crise, a demanda por móveis de lojas e escritórios caiu quase 17%. Também a demanda do mercado externo diminuiu 17%. Nesse ponto, no entanto, Klaas disse acreditar que os mercados de exportação teriam atingido o fundo do poço e que espera uma mudança de rumo para as exportações de móveis alemães em 2010.
Autor: Rolf Wenkel / Carlos Albuquerque
Revisão: Alexandre Schossler