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Filipinas negam negociar com raptores de velejadores alemães

25 de setembro de 2014

Radicais do grupo Abu Sayyaf exigem 4,4 milhões de euros pela libertação de dois reféns e pedem ainda que Alemanha retire apoio às ações militares contra o "Estado Islâmico".

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Extremisten der Terrorgruppe Abu Sayyaf mit den deutschen Geiseln Archiv
Foto: picture-alliance/dpa

Autoridades filipinas afirmaram nesta quinta-feira (25/09) que não pretendem negociar com o grupo terrorista Abu Sayyaf a libertação de dois reféns alemães, sob poder dos sequestradores islâmicos desde abril. "Não negociamos com terroristas", afirmou o ministro filipino da Defesa, Voltaire Gazmin. "Não nos deixamos abalar por essas ameaças."

Na quarta-feira, os sequestradores divulgaram pela internet um pedido de resgate no valor de 4,4 milhões de euros pela liberdade dos dois velejadores – um homem de 71 anos e sua companheira, de 55. O pedido foi endereçado aos familiares das vítimas, assim como aos governos da Alemanha e das Filipinas. Os sequestradores ameaçam decapitar um dos reféns no próximo dia 10 de outubro caso o resgate não seja pago.

Na mensagem, os radicais exigem ainda que o governo chefiado pela chanceler federal Angela Merkel suspenda o apoio aos ataques aéreos dos EUA e aliados contra milícias do "Estado Islâmico" na Síria e no Iraque. A autenticidade da origem das exigências espalhadas pela internet não foi verificada.

O governo alemão criou um grupo especial para tratar do caso, mas não informou detalhes do que está sendo feito. Uma porta-voz no Ministério do Exterior disse que o governo tem conhecimento do pedido dos terroristas, mas afirmou que "ameaças não são o meio apropriado para influenciar a política adotada pela Alemanha sobre para a Síria e o Iraque".

Os radicais divulgaram fotos dos dois alemães, sequestrados quando navegavam nas águas da ilha de Palawan, oeste das Filipinas, em que aparecem cercados por combatentes com os rostos cobertos e fortemente armados. Os extremistas do grupo muçulmano Abu Sayyaf lutam pela criação de um Estado próprio no sul das Filipinas, país de maioria católica.

MSB/dpa/afp