Atentado fracassado
26 de dezembro de 2009Um nigeriano tentou detonar um explosivo na noite desta sexta-feira (25/12) a bordo de um avião da companhia Delta-Northwest Airlines, pouco antes da aterrissagem em Detroit, com 278 passageiros a bordo.
O rapaz de 23 anos, identificado como Umar Farouk Abdulmutallab, seria estudante de engenharia da University College London, revelaram jornais norte-americanos. A Scotland Yard iniciou investigações sobre o caso, informou uma porta-voz da polícia metropolitana de Londres neste sábado.
Missão foi passada no Iêmen
Peter King, da Comissão de Segurança Nacional da Câmara dos Representantes, disse que o suspeito iniciou sua viagem na Nigéria, via Amsterdã, e que seu nome não consta em nenhuma lista de suspeitos proibidos de voar. Mas em outro banco de dados o nome teria "uma importante relação com o terrorismo".
Citando funcionários não identificados, o diário Wall Street Journal informou que o nigeriano havia confessado que membros do grupo terrorista Al Qaeda no Iêmen lhe teriam dado o dispositivo e as instruções para detoná-lo.
Artefato "mais incendiário do que explosivo"
King acrescentou que foi iniciada uma investigação para apurar se o incidente não faz parte de uma conspiração maior. Há um "alerta mundial para assegurar que isso não faz parte de um complô geral maior", acrescentou.
Citando um funcionário do alto escalão do Departamento de Segurança Nacional dos EUA, o jornal New York Times escreveu que o dispositivo era uma "mistura de pó e líquido", "mais incendiário do que explosivo". Abdulmutallab teria revelado às autoridades que tentou explodir o artefato usando uma seringa, com a qual injetou líquido no pó explosivo preso a sua perna.
Alguns passageiros e a tripulação da aeronave debelaram o fogo e dominaram o suposto terrorista, que sofreu queimaduras de terceiro grau.
A tentativa assemelha-se a outra acontecida há oito anos, pouco antes do Natal, num voo entre Paris e Miami. Com explosivos escondidos nos sapatos, um britânico tentou explodir um avião sobre o oceano. O "Homem do Sapato-Bomba", seguidor do líder da Al Qaeda, Osama Bin Laden, cumpre prisão perpétua nos Estados Unidos.
RW/ afp/rtr
Revisão: Augusto Valente