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França controlará fronteiras durante Conferência do Clima

6 de novembro de 2015

Ministro do Interior usa como justificativa para medida temporária risco de ataques terroristas e protestos violentos por ocasião do encontro em Paris. Organizadores estimam que 40 mil pessoas participarão do evento.

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Symbolbild Schengener Abkommen Grenze Frankreich Spanien
Foto: Pedro Armestre/AFP/GettyImages

O ministro francês do Interior, Bernard Cazeneuve, confirmou nesta sexta-feira (06/11) que o país vai "restabelecer os controles nas fronteiras" durante um mês por ocasião da 21ª Conferência do Clima (COP21), em Paris, a ser realizada entre 30 de novembro e 11 de dezembro.

Cazeuneuve usou como justificativa para a medida o "contexto de ameaças terroristas" e a possibilidade de protestos violentos num momento em que se reunirão uma série de delegações e chefes de Estado e de governo – incluindo os presidentes dos EUA, Barack Obama, e da China, Xi Jinping.

O ministro afirmou que as regras do espaço Schengen – de livre circulação entre países-membros – podem ser suspensas temporariamente "em circunstâncias especiais", como a conferência, o que outros países já fizeram por ocasião de eventos do tipo ou da atual crise migratória.

Cazeneuve não especificou quão rígido será o controle nas fronteiras e como ele será efetuado. A medida deverá ser executada entre 13 de novembro e 13 de dezembro.

Organizadores estimam que ao menos 40 mil pessoas participem da COP21, acompanhadas de dezenas de milhares de ativistas ambientais, de direitos humanos e de outros grupos. Uma grande marcha está prevista para o dia 29 de novembro na capital francesa, além de outras manifestações menores.

O objetivo da conferência é definir um ambicioso acordo internacional para a redução de emissões de poluentes e evitar o aquecimento do planeta em mais de 2ºC, o que teria consequências dramáticas devido à elevação do nível dos oceanos.

A expectativa sobre os resultados da COP21 é grande. Nela espera-se que seja assinado o maior acordo climático do mundo, que deve entrar em vigor em 2020, com a adesão de 196 países. O novo acordo substituirá o malfadado Protocolo de Kyoto, que entrou em vigor em 2005 e teve resultados muito aquém do esperado.

LPF/ap/afp/efe