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França solicita apoio militar dos países da UE

17 de novembro de 2015

Ministro francês de Defesa invoca artigo de Tratado da União Europeia, que prevê solidariedade em caso de ataque a um dos países-membros. Medida é semelhante à cláusula da Otan que desencadeou intervenção no Afeganistão.

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Le Drian invoca artigo 42 parágrafo 7 do Tratado da União Europeia
Le Drian invoca artigo 42 parágrafo 7 do Tratado da União EuropeiaFoto: Reuters/D. Alvarez

Após o pior ataque terrorista na França desde a Segunda Guerra Mundial, o ministro de Defesa, Jean-Yves Le Drian solicitou nesta terça-feira (17/11) formalmente aos países da União Europeia (UE) apoio em operações militares no exterior e no combate ao grupo extremista "Estado Islâmico" (EI) na Síria e no Iraque.

"A França não pode agir sozinha contra essas ameaças", afirmou Le Drian, durante uma reunião de ministros europeus de Defesa, e invocou o Artigo 42, Parágrafo 7 do Tratado da União Europeia, que prevê solidariedade dos países-membros do bloco, em caso de ataque a um deles.

Essa é a primeira vez que o artigo em questão foi invocado. Detalhes sobre o pedido francês não foram revelados, mas o tratado afirma que, em caso de agressão a qualquer país do bloco, os outros Estados "têm a obrigação de prestar auxílio e assistência" de todas as formas em seu alcance.

Segundo a chefe da política externa da UE, Federica Mogherini, a solicitação francesa foi aceita por unanimidade. Le Drian ressaltou ainda que todos os 28 membros do bloco prestarão apoio de alguma maneira.

O artigo é similar a um existente na Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan) que foi invocado pelos Estados Unidos depois do ataque de 11 de setembro de 2001 e desencadeou a intervenção no Afeganistão. A França ainda não invocou essa cláusula de defesa mútua na Otan.

Ataques aéreos continuam

Le Drian anunciou ainda que a França lançou novos ataques aéreos na Síria contra o "Estado Islâmico". Esse foi a segunda leva de bombardeios realizados pelo país na região desde sexta-feira.

Os ataques desta terça-feira fazem parte a ofensiva na cidade de Raqqa, no norte da Síria, considerada a "capital" do EI, e atingiram centros de comando e um campo de recrutamento dos jihadistas.

Segundo o Ministério de Defesa da França, dez caças foram usados nos ataques que lançaram 16 bombas no reduto dos extremistas.

CN/rtr/afp/dpa