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França vai acusar 13 radicais islâmicos de terrorismo

3 de abril de 2012

Procurador de Paris anuncia investigação dos suspeitos, que foram detidos em operações policiais após os ataques de Toulouse. Alguns deles são acusados de planejar o sequestro de um juiz.

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Foto: Reuters

Treze dos 19 supostos radicais islâmicos que foram detidos na última sexta-feira na França serão investigados pela acusação de atividades terroristas, anunciou o procurador de Paris, François Molins, nesta terça-feira (03/04).

Os suspeitos foram detidos numa operação policial iniciada após os ataques na cidade de Toulouse, nos quais o atirador Mohamed Merah matou sete pessoas.

Molins afirmou à imprensa que alguns dos detidos planejavam sequestrar um juiz de Lyon, mas o plano não chegou a ser iniciado. Três dos 19 detidos foram libertados sem acusação. Quanto aos que serão acusados, nove serão mantidos em prisão preventiva e os outros quatro poderão ser soltos mediante pagamento de fiança.

Segundo o procurador, os 13 a serem investigados são suspeitos de pertencer ao grupo salafista Forsane Alizza – ou os Cavaleiros do Orgulho –, que ganhou destaque após convocar um boicote a uma unidade do McDonald's, acusando a cadeia de fast food de estar a serviço de Israel. Entre os acusados está o líder do grupo, Mohamed Achlamane, em cuja residência foram aprendidas várias armas.

"Em primeiro lugar, deixe-me dizer que não há ligação alguma entre este caso e o caso Merah", ressaltou Molins. Entretanto, o presidente francês, Nicolas Sarkozy, declarou, numa entrevista à emissora de TV Canal+ nesta terça-feira, ver uma conexão entre os acontecimentos e prometeu acabar com qualquer forma de militância após os ataques de Merah. "Decidimos que é tolerância zero", disse.

Nesta segunda-feira, a França havia anunciado a expulsão de cinco pregadores islâmicos radicais – um argelino, um maliano, um saudita, um turco e um tunisiano – como parte da repressão na sequência do caso Merah.

LPF/lusa/afp/rtr
Revisão: Alexandre Schossler