França vai obrigar profissionais da saúde a se vacinarem
13 de julho de 2021O presidente da França, Emmanuel Macron, anunciou nesta segunda-feira (12/07) que profissionais da saúde e demais trabalhadores de hospitais, clínicas e asilos, bem como cuidadores de idosos, passarão a ser obrigados a tomar vacina contra a covid-19.
"Devemos avançar para a vacinação de todos os franceses", declarou o presidente durante um discurso para detalhar uma série de medidas a favor da vacinação no país diante do avanço da variante delta do novo coronavírus.
"A partir de 15 de setembro, se você for profissional da saúde e não estiver vacinado, você não poderá mais trabalhar e não será remunerado", reforçou o ministro da Saúde, Olivier Véran, em declaração à emissora de TV LCI.
Macron disse que a pandemia está sob controle na França, mas que é necessário agir agora para evitar um forte aumento do número de casos e de internações hospitalares. Atualmente a França registra em torno de 4 mil novas infecções diárias.
Passaporte sanitário
Macron anunciou também a obrigatoriedade da apresentação do passaporte sanitário, um comprovante que permite verificar se uma pessoa está totalmente vacinada há pelo menos 15 dias ou se ela fez recentemente um teste PCR negativo.
O passaporte sanitário será obrigatório para pessoas com mais de 12 anos a partir de 21 de julho para ingresso em todos os locais de lazer e de cultura que reúnam mais de 50 pessoas. A partir de agosto, terá que ser apresentado também para frequentar cafés, bares, restaurantes e centros comerciais, bem como em hospitais e asilos, além de aviões, trens e até carros em caso de viagens de longa distância.
Macron também anunciou que os testes de covid-19 do tipo PCR não serão mais gratuitos a partir de outubro, salvos os casos em que o teste seja obrigatório. O objetivo da medida é estimular a vacinação em detrimento dos testes.
Em relação às viagens, pessoas vindas de países de risco deverão se submeter a controles reforçados, disse Macron. Um isolamento obrigatório será imposto para todos os viajantes não vacinados a partir de 21 de julho.
as/ek (AFP, ots)