François Fillon
17 de maio de 2007
Um dia após sua posse, o novo presidente francês, Nicolas Sarkozy, nomeou François Fillon para o cargo de primeiro-ministro. Ele foi empossado nesta quinta-feira (17/05) em Matignon, sede do governo francês.
O político de 53 anos, até então senador, considera-se da "ala social" do partido conservador governista União por um Movimento Popular (UMP).Os demais membros de seu gabinete de governo deverão ser anunciados na sexta-feira.
De temperamento discreto, ele conquistou respeito no cenário político francês em 2003, quando conseguiu impor a reforma da aposentadoria, uma das leis marcantes do segundo mandato do ex-presidente Jacques Chirac e criticada pela esquerda francesa. Após o afastamento do governo do primeiro-ministro Dominique de Villepin, em junho de 2005, Fillon voltou-se para seu mandato de senador e à assessoria político de Sarkozy.
Além de ter sido ministro do Ensino Superior e Tecnologias da Informação no governo de Edouard Balladour e ministro dos Correios e Telecomunicações no governo de Alan Juppé, Fillon também foi ministro dos Assuntos Sociais e Educação Nacional no governo de Jean-Pierre Raffarin.
Mais jovem deputado
Em 2006, Fillon, que é forte defensor do sistema presidencialista, lançou um livro onde apelou pela extinção do cargo de primeiro-ministro. Durante sua campanha eleitoral, Sarkozy defendeu que o premiê deve "apenas coordenar o trabalho do governo" e não dividir o poder com o chefe de Estado.
Natural de Le Mans, no departamento de Sarthe (oeste de França), Fillon vem de uma família de classe média: seu pai foi tabelião e a mãe, historiadora. Fillon entrou para a política depois de formar-se em Direito e Ciências Políticas e de uma rápida passagem pelo jornalismo. Em 1981, tomou posse como o mais jovem deputado na Assembléia Nacional.
Fillon é casado e tem cinco filhos. Futebol, escalar montanhas e automobilismo são suas atividades de lazer preferidas. Há vários anos, ele participa como piloto da corrida de carros antigos nas 24 horas de Le Mans, em meados de junho, no volante de uma Ferrari 250 GTO. (rw)