Furacão Patricia atinge costa mexicana
24 de outubro de 2015O furacão Patricia, o mais forte já registrado no hemisfério ocidental, atingiu a costa do estado de Jalisco, no sudoeste do México, nesta sexta-feira (23/10), confirmaram as autoridades locais. Até as 19 horas, horário local na costa do Pacífico no México (22 horas em Brasília), não houve registros de mortes ou danos físicos e estruturais nas áreas afetadas pela tempestade.
Segundo o Centro Nacional de Furacões dos Estados Unidos a tempestade ganhou força durante a noite e foi classificada na categoria 5, a mais devastadora na escala Saffir Simpson. O centro afirmou que a velocidade estimada dos ventos da tempestade girava em torno dos 270 quilômetros por hora, quando tocou solo mexicano perto de Cuixmala.
A localização é cerca de 85 quilômetros a oeste-noroeste da cidade portuária de Manzanillo. Anteriormente, ainda sobre o Oceano Pacífico, o furacão Patricia chegou a atingir a velocidade de 325 quilômetros por hora, segundo o centro.
"O furacão Patricia já está na costa mexicana. Não vão para fora", alertou o presidente do México, Enrique Peña Nieta, por meio de sua conta oficial no Twitter. "Se protejam e sigam as instruções da Proteção Civil. Estou tomando conta de vocês."
Os fortes ventos do furacão estão afetando principalmente os estados de Jalisco, Colima e Nayarit. O Serviço Meteorológico Nacional (SMN) do México disse que o furacão é "extremamente perigoso" e "favorecerá chuvas intensas e pontualmente torrenciais nos estados do sul e oeste do país".
Ainda durante a aproximação do Patricia, o governo do México decretou estado de emergência em 56 municípios na costa do Pacífico. Pescadores foram orientados a permanecer no porto, e foram desaconselhados o turismo e a prática de esportes aquáticos na região.
O governo fechou ainda os portos de carga de Manzanillo – o mais movimentado do país – e Puerto Vallarta. Nenhuma das plataformas de extração de petróleo da estatal Pemex está localizada na rota do furacão.
Devido à sua força, o furacão Patricia foi comparado, pela Organização Meteorológica Mundial da ONU, ao tufão Haiyan, que atingiu as Filipinas em 2013 e deixou mais de 6,3 mil mortos.
PV/dpa/rtr/ap/lusa