1. Pular para o conteúdo
  2. Pular para o menu principal
  3. Ver mais sites da DW

G7 lança plano para contrabalancear influência chinesa

26 de junho de 2022

Em reunião na Alemanha, líderes do G7 anunciam plano de investimentos de US$ 600 bilhões para países em desenvolvimento. Iniciativa deve servir de contraponto à "Rota da Seda" promovida por Pequim.

https://p.dw.com/p/4DHYc
Líderes do G7 e da UE participam de cúpula no sul da Alemanha
Líderes do G7 e da UE participam de cúpula no sul da AlemanhaFoto: Ludovic Marin/AFP

Reunidos na Alemanha, os líderes do G7 anunciaram neste domingo (26/06) o lançamento de um grande plano de investimentos em infraestrutura para países em desenvolvimento que visa responder ao avanço da influência global da China.

Segundo o governo americano, a iniciativa, batizada de "Colaboração pela Infraestrutura Global e o Investimento", pretende elevar o desenvolvimento em países de baixa e média renda, fortalecer a economia do planeta, assim como as cadeias de distribuição.

O projeto foi anunciado durante a cúpula do G7, que acontece no castelo de Elmau, no sul da Alemanha, e pretende mobilizar centenas de bilhões de dólares, para criar infraestruturas sustentáveis em nações aliadas em desenvolvimento. O G7 reúne a Alemanha, Estados Unidos, Itália, França, Japão, Canadá e Reino Unido.

O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, anunciou que seu país destinará US$ 200 milhões (R$ 1,04 bilhão) à iniciativa nos próximos cinco anos, através de fundos do governo federal, em colaboração com o setor privado. Em 2013, a China lançou a Iniciativa do Cinturão e Rota (BRI), conhecida como "Nova Rota da Seda", que já resultou em investimentos diretos em mais de 70 países, vários deles em tradicionais áreas de influência dos EUA e da União Europeia.

"Quero ser claro - isso não é ajuda ou caridade", disse Biden. "É um investimento que trará retorno para todos, incluindo o povo americano e os povos de todas as nossas nações. Ele impulsionará todas as nossas economias."

A presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, disse que o G7 está oferecendo "infraestrutura sustentável e de qualidade".

Entre os pilares do plano, estão a luta contra a crise climática e a melhoria da segurança energética com investimentos em infraestruturas com baixas emissões, fábricas de produção de baterias e desenvolvimento de fontes limpas.

No campo tecnológico, a iniciativa contempla o desenvolvimento e a expansão da tecnologia das comunicações e a informação trabalhando com "provedores confiáveis", que forneçam 5G e 6G, conforme apontou a Casa Branca.

Também são contemplados investimentos nos sistemas de saúde, vacinas e equipamento médico, assim como a vigilância e a detecção de "novas doenças", o que inclui "laboratórios seguros" e a prevenção de pandemias futuras.

Antes de o G7 anunciar o plano de investimentos, o chanceler federal da Alemanha, Olaf Scholz, manifestou a "preocupação compartilhada" pelo G7 face à situação econômica global, sobretudo por causa do aumento da inflação e do agravamento da crise energética - efeitos diretos da guerra na Ucrânia.

"Partilhamos desta preocupação", disse Scholz após a primeira sessão dos líderes do G7. Ele também sublinhou que tinha "confiança" de que os líderes do grupo saberiam manter "a mensagem necessária de coesão" face à situação criada pela "brutal agressão" lançada pelo regime do presidente russo Vladimir Putin contra a Ucrânia.

jps (EFE, DW)