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Fim do suspense

10 de setembro de 2009

Venda da montadora a fornecedora áustrio-canadense e investidores russos permitirá que suas unidades de produção na Alemanha sejam mantidas: satisfação para o governo em Berlim e alívio para 25 mil funcionários.

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Separação após 80 anosFoto: AP

Após meses de impasse, a montadora alemã Opel está pronta para ser vendida. A matriz General Motors (GM) anunciou que passará 55% das ações da empresa à fabricante de autopeças áustrio-canadense Magna e a seu parceiro financeiro, o banco russo Sberbank.

A decisão representa o fim de um longo suspense para mais de 25 mil funcionários da Opel, pois suas fábricas em Rüsselsheim, Bochum, Eisenach und Kaiserslautern serão mantidas.

A sugestão do conselho administrativo da GM, pronunciada nesta quinta-feira (10/09) e já aprovada pela sociedade fiduciária da Opel, prevê que 10% das ações sejam assumidas pelos quadros da empresa. A própria GM se reservará 35% de participação na sociedade resultante, a New Opel. Os acordos definitivos estarão prontos para ser assinados nas próximas semanas, e a GM espera ter concluído a transação dentro de poucos meses.

Desenvolvimento em conjunto

Além do crédito-ponte de 1,5 bilhão de euros que há meses possibilita a sobrevivência da Opel, os governos federal e estaduais alemães pretendem conceder uma fiança de 3 bilhões de euros à Magna. Ainda falta esclarecer detalhes contratuais entre a GM e o consórcio Magna/Sberbank.

Segundo a chefe de governo alemã, Angela Merkel, a GM aceita as condições de financiamento. Ela acredita que todos os pontos das negociações estão "sob controle" e confia em um recomeço para a Opel. "Fico extremamente feliz com essa decisão", pois o resultado corresponde às expectativas de Berlim e dos empregados da empresa, declarou.

A matriz norte-americana ainda exige que a Opel se mantenha integrada aos centros mundiais de desenvolvimento de produtos da GM. "Isso permite que todos se beneficiem do intercâmbio das capacidades de tecnologia e desenvolvimento", declarou o presidente da GM, Fritz Henderson. Por exemplo, veículos como o elétrico Ampera, equipado com tecnologias novas e dispendiosas, só poderão chegar ao mercado através de uma convergência de forças.

Produção econômica

Segundo fontes do governo alemão, a GM acabou decidindo se desfazer da Opel por motivos financeiros, após mais de 80 anos, já que não poderia arcar com o saneamento da montadora alemã. O governo norte-americano não permitiu que 50 bilhões de verbas públicas fossem empregadas na Europa.

Fritz Henderson acredita que a nova estrutura de proprietários proporcionará uma organização econômica e eficiente para as marcas Opel e Vauxhall, permitindo à alemã economizar grandes quantias, graças à produção em conjunto.

AV/dpa/ap
Revisão: Simone Lopes