Governo suíço acusa Israel de violar leis humanitárias
4 de julho de 2006O governo suíço, responsável por convocar e sediar conferências relativas às Convenções de Genebra, acusou Israel de descumprir leis humanitárias ao submeter os palestinos a uma "punição coletiva", para tentar resgatar o soldado israelense que foi capturado por militantes.
"Em sua ofensiva contra a Faixa de Gaza, diversas ações do Exército de Israel violam o princípio da proporcionalidade e representam uma proibida punição coletiva à população. Para o EDA [Ministério das Relações Exteriores da Suíça] não há dúvida: Israel não tomou as precauções prescritas pelo Direito Internacional para proteger a população e a infra-estrutura civil", informou o ministério em seu site na Internet.
No comunicado, o ministério acrescenta que a destruição de uma central elétrica, que fornece 43% da eletricidade à Faixa de Gaza, o ataque ao escitório do premiê palestino e as prisões arbitrárias de um grande número de parlamentares eleitos democraticamente não têm justificativa. Cerca de 700 mil pessoas estariam sendo atingidas pelas quedas de energia.
Apesar do boicote internacional imposto ao governo palestino liderado pelo Hamas, a Suíça prometeu nesta segunda-feira um milhão de francos (640 mil euros) em ajuda humanitária à Faixa de Gaza. Os recursos destinam-se à compra de mantimentos para a população. Anteriormente, o governo suíço havia liberado igual valor para a compra de medicamentos pelos palestinos.
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