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Greve da Lufthansa termina após acordo com sindicato

8 de setembro de 2012

Paralisação de 24 horas foi encerrada e voos retornaram à normalidade. Companhia aérea e tripulantes entraram em acordo sobre processo de arbitragem. Caso não se chegue a uma solução, sindicato ameaça com nova greve.

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Lufthansa-Flugzeuge stehen am Freitag (31.08.2012) auf dem Flughafen in Frankfurt am Main an einem Terminal. Zuvor hatte die Gewerkschaft Ufo am größten deutschen Flughafen Stewards und Stewardessen der Lufthansa aufgerufen, zwischen 5.00 und 13.00 Uhr ihre Arbeit niederzulegen. Seit 13 Monaten verhandelt Ufo mit der Lufthansa über höhere Entgelte, das Ende der Leiharbeit und Schutz gegen die Auslagerung von Jobs. Foto: Frank Rumpenhorst dpa/lhe +++(c) dpa - Bildfunk+++
Foto: picture alliance / dpa

Após a maior paralisação da história da Lufthansa, ocorrida nesta sexta-feira (07/09), a companhia aérea alemã voltou a operar normalmente neste sábado. A greve de 24 horas dos tripulantes de cabine foi encerrada à meia-noite, depois que a Lufthansa e a Organização Sindical Independente do Pessoal de Cabine da Alemanha (UFO, sigla em alemão) chegaram a um acordo sobre um processo de arbitragem.

Até a noite desta sexta-feira, cerca de metade dos 1.800 voos da maior companhia aérea alemã foram cancelados, e mais de 100 mil passageiros afetados. Ainda na quinta-feira, 20 voos planejados para sábado já haviam sido suspensos por precaução.

Após o acordo entre empresa e sindicato, a Lufthansa e seus clientes não precisam temer novas greves por enquanto. Neste sábado teve início o período de trégua obrigatório, válido até que uma sentença arbitral seja aceita ou negada.

De acordo com um porta-voz da companhia aérea, nenhum passageiro precisou passar a noite no aeroporto de Frankfurt, o maior da Alemanha. Quartos de hotéis foram disponibilizados para quem teve o voo adiado para a manhã de sábado, principalmente no caso de destinos internacionais. "Todos esses passageiros já seguiram viagem", informou o porta-voz.

Planos de negociação

Até a próxima quarta-feira, um plano conjunto sobre o processo de arbitragem deverá ser apresentado, disse o porta-voz da Lufthansa. Até lá, ambas as partes combinaram manter o silêncio.

A companhia aérea já havia anunciado nesta sexta-feira que não empregaria mais pessoal de cabine terceirizado em Berlim e que lhes ofereceria empregos permanentes. Esse era um dos principais pontos de reivindicação do sindicato.

Nicoley Baublies, presidente da UFO, ameaçou a Lufthansa com uma nova e extensa greve, caso a arbitragem não chegue a uma solução, informou a revista Focus. Caso a Lufthansa permaneça irredutível, "entraremos em greve a cada quatro dias, a cada 14 dias ou a cada três semanas", disse. O líder garantiu que o sindicato tem reservas suficientes para isso, após coletar contribuições de seus membros durante 20 anos.

Baublies pediu à companhia aérea que examinasse as sugestões apresentadas pelo sindicato para corte de gastos, o que representaria uma economia de 8%, equivalentes a 72 milhões de euros por ano com pessoal.

Além da briga contra a terceirização de trabalhadores, o sindicato reivindica um aumento salarial de 5% em um período de 15 meses. A Lufthansa, por sua vez, ofereceu um aumento de 3,5% em três anos.

LPF/dpa/rtr/dapd/afp
Revisão: Mariana Santos