Paralisação
5 de março de 2008Com greves de advertência em toda a Alemanha, nesta quarta-feira (05/03), Ver.di e outros sindicatos de serviços querem pressionar um aumento salarial de 8% para os 1,3 milhão de servidores públicos federais e municipais do país.
Na próxima quinta-feira, inicia-se em Potsdam a quinta e, por enquanto, última rodada de negociações. Até agora, não houve consenso. Os empregadores oferecem somente 5% de aumento salarial, sob a condição de que a carga horária de trabalho, nos estados do Leste alemão, aumente de 38,5 para 40 horas.
A paralisação afetou os transportes públicos municipais, hospitais, limpeza pública e repartições públicas municipais. Somente no estado da Renânia do Norte-Vestfália, um total de 67 mil funcionários da administração pública municipal e federal deixou de trabalhar nesta quarta-feira.
Cancelamento de vôos
Nos aeroportos, os trabalhos foram retomados no período da tarde. Devido à paralisação, no entanto, o resto do dia ficou comprometido em muitas localidades. Só a Lufthansa teve que cancelar 300 de seus 1200 vôos internos.
Vôos intercontinentais não foram afetados, informou um porta-voz da companhia. A companhia aérea Air Berlin cancelou 30 vôos. Somente os aeroportos de Berlim, Leipzig-Halle e Erfurt não paralisaram suas atividades.
No Aeroporto de Frankfurt, cerca de 2 mil empregados deixaram de trabalhar no período da manhã. Cerca de 180 funcionários do Aeroporto de Munique cruzaram os braços a partir das 5 horas da manhã. Em Düsseldorf, a paralisação a partir das 4 horas da manhã provocou o cancelamento de 60 vôos.
Greve por tempo indeterminado
Já na capital alemã, os funcionários da Companhia Berlinense de Transportes Coletivos (BVG) entraram em greve por tempo indeterminado. Ônibus, metrôs e bondes ficaram parados nas garagens. Caso os empregadores não ofereçam nenhuma contraproposta, a greve deverá durar, a princípio, até 14 de março próximo.
O sindicato demanda aumento salarial de 12% para os 12,5 mil empregados da BVG. Os empregadores oferecem um aumento escalonado de 6%, até 2010, somente, no entanto, para aqueles empregados a partir de 2005.
Os trens regionais ainda funcionam em Berlim. No entanto, após o fracasso das negociações entre o Sindicato dos Maquinistas Alemães (GDL) e a companhia ferroviária alemã Deutsche Bahn, o sindicato dos maquinistas conclama seus filiados para uma nova greve.