"Haka" anuncia futebol feminino na Europa
6 de junho de 2005O futebol feminino, futuro do esporte mais popular do planeta de acordo com o presidente da Fifa, Joseph Blatter, celebra o seu sucesso neste mês na Inglaterra, onde é disputada a Eurocopa da categoria.
Mais de 500 crianças dançaram a haka no último domingo (05/06), em Manchester, para dar início ao torneio que aponta a Alemanha, atual campeã mundial, como grande favorita ao título.
As crianças tomaram conta do espetáculo que serviu de preliminar para o confronto vencido pelas donas da casa por 3 a 2 sobre a Finlândia. A mais tradicional dança da Nova Zelândia, celebrada antes das partidas de rugby, a Maori haka, dá boas-vindas e incita ao desafio.
O tema foi adaptado e produziu oito hakas individuais, cada uma refletindo a cultura de um dos oito países que lutam pela Eurocopa Feminina – Inglaterra, Alemanha, Finlândia, Suécia, Dinamarca, França, Itália e Noruega.
A haka retorna aos gramados ingleses no dia 19, final da competição, que será disputada no estádio Ewood Park, em Blackburn. Blackpool, Preston e Warrington também sediam partidas.
"Esta é uma grande oportunidade para as nossas crianças participarem de uma celebração multicultural, como o esporte. Estamos muito orgulhosos em participar deste evento", disse Judith Richards, da Saint Thomas, uma das escolas inglesas cujos alunos participam das festas da Eurocopa.
Futuro promissor
Além de o número de sócios masculinos nos clubes da Alemanha diminuir sem parar, a cada dia há mais mulheres correndo atrás da bola no país.
Cerca de 860 mil, de 6,27 milhões de pessoas que jogam futebol no país, são mulheres. O que mais incita as jovens é a seleção nacional, espelho de sucesso em nível internacional. Na última década, acumulou cinco títulos europeus, foi campeã mundial em 2003 e se tornou a referência no continente.
Por igualdade
Depois de mostrarem que o "futebol de saias" pode ser tão rentável e interessante quanto o que é praticado pelos homens, as mulheres correm agora trás de igualdade de direitos.
Já disputam partidas com dois tempos de 45 minutos – antes um jogo inteiro levava 50 minutos, e sonham com rendimentos tão altos quanto os astros do futebol mundial.
As equipes femininas do Potsdam e de Frankfurt, por exemplo, receberam 70 mil euros cada para participar da final da Copa da Alemanha, enquanto os finalistas masculinos Bayern de Munique e Schalke embolsaram cada um 2,5 milhões.
Os bons resultados do futebol feminino dentro de campo resultaram em benefícios para as garotas.
Desde o ano passado, já existe a Segunda Divisão da Bundesliga e, para profissionalizar os clubes, a Federação Alemã de Futebol (DFB), oferece gratuitamente serviços de assessoria, cursos e seminários.